Demolição de casarão que desabou na Montanha deve durar nove dias

O prazo para finalização do trabalho de demolição e limpeza dos entulhos do antigo casarão que desabou sobre a Ladeira da Montanha, na última terça-feira (18), é de aproximadamente nove dias. Com isso, a interdição da via e as consequentes alterações de trânsito e transporte implantadas pela Prefeitura seguem enquanto durar a ação, iniciada nesta quinta-feira (20). As informações são da RNP Engenharia/Neves e Miranda Empreendimentos, responsável pela demolição e remoção do que restou do imóvel particular.

O início do serviço foi autorizado na quarta-feira pela Secretaria Municipal de Desenvolvimento e Urbanismo (Sedur). Antes, a Defesa Civil de Salvador (Codesal) já havia solicitado a demolição ao Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional (Iphan), que foi concedida. Os entulhos serão coletados por uma empresa devidamente registrada na Limpurb e contratada pelo proprietário do casarão.

“A princípio, a demolição será manual, em função dos riscos. Por conta disso, o que restou do imóvel está protegido por andaimes. O processo é lento e a demolição é controlada. O casarão fica na crista de uma encosta voltada para a Ladeira da Montanha. Próximo a ele existem imóveis que já foram evacuados, por segurança”, destaca diretor da Codesal, Sosthenes Macêdo.

Após o trabalho manual para a retirada das partes sensíveis, o processo passa a acontecer de forma mecanizada. Vale frisar que o desabamento parcial foi provocado por falta de manutenção predial. Não havia moradores e não houve vítimas.

Imóveis antigos – Atualmente, a Codesal tem 1.295 casarões vistoriados e cadastrados, sendo que destes 131 possuem risco muito alto de desabamento ou incêndio. Outros 237 têm risco alto. Deste total, 76% estão ocupados e 24% desocupados. As ações voltadas para promover a conservação desses imóveis se dão por meio do Projeto Casarões, que objetiva levantar a realidade dessas construções e, de alguma forma, contribuir para sua preservação ou eliminação do risco que muitos deles representam, articulando as intervenções necessárias.

Em caso de risco iminente, e na impossibilidade do proprietário fazer a manutenção ou não ser identificado, a Codesal, quando legalmente autorizada pelo órgão tombador, articula com outros organismos municipais para realizar a demolição total ou parcial do imóvel, em nome da segurança de todos. A situação dos casarões cadastrados é atualizada anualmente.

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