É importante Brasil participar de acordos internacionais, diz integrante da OMS

Na largada para conseguir a vacina contra a Covid-19, o mundo tenta restabelecer suas rotinas e encontrar soluções para combater a pandemia. Em entrevista à CNN, a médica Cristiana Toscano, representante da Sociedade Brasileira de Imunizações (SBIm) e integrante do Grupo de Trabalho de Vacinas para COVID-19 da OMS, comenta sobre a volta às aulas, as vacinas em teste no Brasil e a importância dos países se unirem para garantir acesso equitativo aos países mais pobres do mundo que não tem condições nem de comprar e nem de produzir uma vacina.

Nesta terça-feira, durante a coletiva, a líder técnica da OMS, Maria Van Kerkhove, comentou durante a coletiva que o vírus circula ainda na comunidade, inclusive nas escolas.

De acordo com a médica Cristiana, a volta às aulas é algo delicado e depende muito da região: “A volta às aulas é uma situação muito delicada que tem que ser discutida considerando os cenários epidemiológicos locais. Necessariamente, precisa haver uma diminuição do número de casos para que isso seja pensado e seja possível. É algo que tem que ser pensado com bastante cautela e analisado com especialistas de cada localidade”

Questionada sobre qual das vacinas é a mais promissora, a Toscano comenta que ainda não é o momento de apontar qual das vacinas em teste pode ser a solução contra o novo coronavírus: “Na verdade, falar agora de uma vacina mais promissora é impossível neste momento. Falamos por enquanto de um conjunto de vacinas, de um portfólio, que utiliza tecnologias de produção diferentes e tem resultados preliminares positivos no sentido de produzir anticorpos. Porém, são os estudos da fase 3 que de fato vão demonstrar se esses anticorpos produzidos, conforme demonstrado na fase 1 e 2, se traduzem em proteção e prevenção contra a doença. Então, podemos dizer apenas no sentido cronológico qual está mais avançada, mas dizer qual delas é a melhor candidata, neste momento é impossível.”

A OMS também se posicionou nesta terça-feira pedindo para que os países evitem o “nacionalismo” das vacinas anti-Covid. Toscano reafirma que o Brasil está bem posicionado quando o assunto é teste de vacinas, e ressalta que é de suma importância a participação do país na iniciativa internacional chamada Covax. ( CNN )

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