Ireuda Silva enaltece mulheres que lutaram pela Independência da Bahia: “Precisamos resgatar seus nomes injustamente esquecidos”

Embora sem festa pela primeira vez na história, o 2 de Julho de 2020, aniversário da Independência da Bahia, permanece uma data representativa e oportunda para homenagearmos os heróis do passado. Para a vereadora Ireuda Silva (Republicanos), presidente da Comissão de Defesa dos Direitos da Mulher, um exercício a ser feito por todos nós é resgatar os nomes das mulheres que estiveram na linha de frente da batalha, mas que foram esquecidas pela história devido ao machismo e ao racismo.

Maria Felipa, por exemplo, foi uma marisqueira e pescadora que viveu na Ilha de Itaparica. Em 1823, ela lutou pela Independência da Bahia ao lado de Maria Quitéria e Joana Angélica. Elas lideraram um grupo de mais de 200 pessoas, entre índios tupinambás e tapuias, além de outras mulheres negras, nas batalhas contra as tropas portuguesas que atacavam a Ilha. Conta-se que o grupo foi responsável pela queima de pelo menos 40 embarcações portuguesas.

Por sua vez, Joana Angélica se destacou por sua coragem ao enfrentar os portugueses, que a mataram após ter sua entrada dificultada no Convento da Lapa. Já Maria Quitéria se vestiu como homem para participar da batalha da independência.

“Na escola, sempre estudamos sobre os homens que conduziram grandes mudanças na história do Brasil, quando, na verdade, muitas coisas não teriam acontecido sem a contribuição de várias mulheres esquecidas ao longo do tempo. Portanto, precisamos resgatar seus nomes injustamente esquecidos e prestar-lhes a devida homenagem”, diz Ireuda.

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