Mandetta cita Bíblia e responde Bolsonaro: ‘a morte está à espreita’

O ex-ministro da Saúde Luiz Henrique Mandetta respondeu as acusações feitas pelo presidente Jair Bolsonaro (sem partido) de que sua gestão na pasta inflou os números de casos confirmados e de mortes por conta do novo coronavírus.

A fala de Bolsonaro foi feita durante a live, transmitida em seu Facebook na noite de quinta-feira (11), na qual levantou suspeitas sobre os dados anteriores e encorajava a população a entrar nos hospitais e filmar os leitos de UTI (Unidades de Terapia Intensiva).

“Levando-se em conta o ministro anterior, esses números eram fictícios. E ele todo dia estava vendendo o peixe de ‘fique em casa’, ‘não saia, a curva tem que amansar’, ‘ciência, foco, foco na OMS (Organização Mundial da Saúde)’. Olha o vexame da OMS aí. Gosto do Mandetta como pessoa, mas ali ele deu uma escorregadinha na questão da pandemia. Deu uma inflada”, acusou Bolsonaro.

Pelo Twitter, Mandetta questiona qual parcela de responsabilidade que “a atitude tola” tem mediante os mais de 800 mil casos e 40 mil mortes registradas pela Covid-19 atualmente no país. Na postagem, o ex-ministro não deixa claro qual “atitude tola” seria essa.

“Quantos dos 800000 casos confirmados e das 41000 vidas perdidas a atitude tola foi a responsável? Realidade Inflada ? Ainda querendo maquiar? Cuidado. A morte está na espreita e na conta dos incautos”, escreveu Mandetta.

O político do DEM ainda fez questão de destacar o trecho bíblico insistentemente repetido por Bolsonaro. “Reflita e reze. Fique com João 8:32 . Não cite. Pratique!”, finaliza, em referência à citação “conhecereis a verdade, e a verdade vos libertará”.

Bolsonaro ainda afirmou disse que Mandetta era um ‘cliente da TV Globo’, pelo fato de o ex-ministro conceder entrevistas à emissora em diferentes oportunidades, e que estaria ‘empolgado’ em relação aos ‘números exagerados’.

“Ele foi empolgado pela Globo. Sabemos que ele era um cliente da Globo, gostava de dar entrevista para a Globo, mas nada pessoal contra ele, em outras áreas trabalhou muito bem, mas boa sorte ao Mandetta, mas houve exagero nos números da época”, finalizou. (Uol)

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