Mais de 60 empresas já fecharam na Bahia, aponta pesquisa do Sebrae

Diversas empresas estão com o funcionamento suspenso desde março no Brasil, para evitar o contágio pelo novo coronavírus. Em pesquisa realizada pelo Serviço Brasileiro de Apoio às Micro e Pequenas Empresas (Sebrae) da Bahia, de 579 empresários entrevistados no estado, 55% não estão funcionando e, destes, 11% fecharam permanentemente, o que representa 66 empresas que não voltarão a funcionar.

Para o superintendente do Sebrae Bahia, Jorge Khoury, que foi entrevistado pelo programa ‘Isso é Bahia’, da rádio A TARDE FM, nesta quinta-feira, 4, o micro e pequeno empreendedores são os mais afetados pela crise gerada pela Covid-19, e os que merecem mais atenção após a pandemia.

“A expectativa é que possamos minimizar essa dificuldade que o micro e pequeno empreendedores têm neste momento. Porque nós estamos falando de um segmento que representa 98% das empresas do nosso país. Não é bobinho, é significativo”, alerta Jorge.

Facilitar empréstimos

Na pesquisa, 198 empresários alegaram que que vão recorrer a uma solicitação de empréstimo caso o isolamento social dure por mais um mês. Contudo, segundo Jorge Khoury, os empréstimos podem representar uma dificuldade para estes empresários pelas questões burocráticas que não mudaram durante a pandemia.

“O que sinto é que nós estamos vivendo um momento diferente. Então não precisamos de um empréstimo convencional, mas em momento de crise. Não se deve oferecer tudo normal, mas tirar todas as burocracias e desconsiderar todas as exigências”, explica o superintendente do Sebrae Bahia.

Ainda segundo a pesquisa realizado pelo Sebrae, 207 empresários baianos vão precisar de crédito no valor de até R$ 30 mil, 49 vão precisar de um valor entre R$ 30 mil e 50 mil, 50 empresários pretendem acessar um crédito entre R$ 50 mil e 100 mil, e 25 acreditam que vão precisar de mais de R$ 100 mil reais para retomar as atividades normais pós-pandemia.

“O que estamos sentindo é que muitas micro e pequenas empresas que estão parando agora na pandemia vão ter muita dificuldade de retornar as atividades, principalmente pela falta de crédito”, diz Khoury.

“Tem que se tirar as exigências.Não tenho duvida que no pós pandemia, este setor [micro e pequenas empresas] sendo mais afetado é o que vai render mais dificuldade no retorno econômico do nosso país”, completa.

Digital

De acordo com Jorge Khoury, além da dificuldade do acesso ao crédito, os micro e pequenos empresários baianos também estão enfrentando dificuldades em se adequar ao digital. Marcar presença na internet e oferecer serviços de delivery, conforme Khoury, são ações que podem garantir a saúde financeira da empresa mesmo durante a crise.

Na pesquisa realizada pelo Sebrae Bahia, 248 empresários incluíram o atendimento remoto aos seus clientes durante o isolamento social. Entretanto, 77 alegaram ter dificuldades com a falta de sistema tecnológico adequado.

Para Jorge Khoury, os empresários precisam ficar atentos a algumas questões, tanto durante quanto depois da pandemia. São elas:

Linhas de crédito disponíveis;
Inserção no digital;
Rever gastos fixos;
Renegociar com clientes e parceiros;
Adequar-se a este momento;
(As informações são do A Tarde) Foto: Divugação

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