Jornal pede à Justiça em SP que hospital e laboratório comprovem que exames de Covid-19 eram de Bolsonaro

À Justiça Federal em São Paulo ‘sobre os exames de Covid-19 do presidente Jair Bolsonaro. Em Março, o presidente se submeteu aos testes porque parte da comitiva que o acompanhou em uma viagem à Flórida, nos EUA, contraiu o novo coronavírus. Na sequência, Bolsonaro disse que o resultado dos testes deu negativo, e se recusou a divulgar os laudos.

Após uma batalha jurídica por todas as instâncias ao longo dos meses de março, abril e maio, o jornal garantiu o direito de ter acesso aos testes de covid-19, e no dia 13 de maio, o Supremo Tribunal Federal (STF) divulgou laudos entregues pelo governo com resultado negativo.

Nesta terça-feira, os advogados do jornal afirmaram à Justiça Federal da 14ª Vara Cível que “persistem questões relevantes”, pois “os laudos apresentados, ao invés de apaziguarem incertezas sobre a saúde do Presidente, fizeram surgir indagações”.

O governo apresentou à Justiça três exames em que se utilizaram o método PCR, considerado o mais eficaz, mas nos laudos constavam outros nomes, sendo dois deles, Airton Guedes e Rafael Augusto Alves da Costa Ferraz, que a AGU justificou que serviriam para preservação da privacidade do presidente da República e por questões de segurança.

A defesa do jornal disse à Justiça nesta terça que, apesar de terem se passado mais de dois meses desde o pedido das informações, foram juntados três laudos, sem que nenhum fizesse referência ao nome do Presidente da República.

“Para piorar, o terceiro documento, expedido pela Fiocruz, é ainda mais vago: não traz data de nascimento, não aponta números de CPF ou de RG, nem indica qualquer outro dado que minimamente permita a identificação inequívoca do indivíduo examinado. Há referência unicamente a um aleatório e assaz enigmático: ‘PACIENTE 05′”, disseram os advogados à Justiça nesta terça.

Por isso, o jornal pede que os órgãos e entidades referidos nos laudos cooperem e enviem uma série de documentos que comprovem que os laudos se referem ao presidente.

A primeira amostra foi colhida no dia 12 de março pelo Hospital das Forças Armadas (HFA) e as outras duas, no dia 17 de março, tiveram diferentes agentes coletores, o HFA e o Laboratório Central do Distrito Federal (LACEN-DF). As duas amostras retiradas no HFA foram encaminhas ao Laboratório Sabin, e aquela coletada pelo LACEN-DF à Fiocruz. (G1)

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