“A situação caminha para o insustentável”, diz Sílvio Humberto sobre a saída de do ministro da Saúde, Nelson Teich

Tem se tornado cada vez mais difícil conter o avanço da COVID-19 no Brasil, mas os desafios de manter um ministro na pasta da Saúde é ainda maior e evidenciam a total falta de visão do governo no enfrentamento à pandemia e toda sua gravidade. O médico e ex-ministro, Nelson Teich, , assumiu a pasta em substituição a Luiz Henrique Mandetta, no último dia 17, e ficou apenas 28 no cargo. O ponto alto para sua saída foi a discordância entre ele e o presidente Bolsonaro sobre o uso da cloroquina e medidas de isolamento social.

O vereador Sílvio Humberto (PSB) comentou sobre a saída de Nelson Teich através de suas redes sociais. “Pelo que já vinha se desenhando, a queda do ministro da Saúde, Nelson Teich, não é surpresa”. Bolsonaro não surpreende e o ministro não resistiu um mês. A saída de Teich se dá em um momento crucial em que precisamos de coordenação e liderança, o que menos temos. Temos um presidente que de forma grotesca contraria protocolos da ciência. Como uma pessoa com essa visão pode governar esse País, principalmente neste momento de crise e incertezas?, questionou o edil.

Sílvio criticou a forma como o presidente vem se expressando durante este período de pandemia. “Ontem ele falou que estamos navegando em um mar de almirantes. Acredito que ele esteja em outro plano, em outra galáxia, pois o mar não está nem para almirante nem para peixe. O mar está para quem consiga ter visão além do alcance e, que acima de tudo se importe com as pessoas”, pontuou.

Para Sílvio Humberto, “é preciso dizer ao presidente que a vida dos brasileiros importa. Cada uma dessas pessoas que perdeu suas vidas tem nome, sobrenome, familiares, sonhos. O que mais me choca é a falta de visão de liderança, conjunto, sistêmica e, acima de tudo, uma visão de alguém que se importa com o outro. Lamento profundamente esse desgoverno, mas temos que resistir. A situação caminha para o insustentável”, finalizou.

O secretário-executivo do Ministério da Saúde, general Eduardo Pazuello, assumiu a pasta interinamente.

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