Bahia: 86 respiradores são recuperados e devolvidos a hospitais

Pelo menos 86 respiradores automáticos já foram recuperadas e devolvidos a unidades hospitalares baianas. As máquinas são indispensáveis para permitir que o oxigênio circule pelo corpo do paciente quando os pulmões dele não funcionam normalmente, ocorrência frequente em pacientes com síndrome respiratória aguda, ocasionado pelo Coronavirus.

A equipe da Global Engenharia, que está atuando no projeto de recuperação de respiradores automáticos junto o Senai-Cimatec, completou mil horas de trabalho, numa ação que está sendo considerada uma referência nacional e internacional no combate à Covid-19. A equipe, composta por dez colaboradores da Global, é formada ainda por técnicos da montadora Ford, do Cimatec e especialistas nesses equipamentos recrutados especialmente para o trabalho.

“Começamos a trabalhar no Senai no dia 8 de abril. E, para a equipe técnica da Global que está atuando neste projeto, essa é uma experiência profissional única e extremamente gratificante. Trabalhamos com o sentimento de que estamos ajudando diretamente a salvar vidas”, avalia Ricardo Franco Filho, engenheiro eletricista que coordena a equipe que originalmente atua junto à Companhia Energética de Candeias (CEC).

Além do engenheiro, integram o grupo dois técnicos de automação, dois de mecatrônica, outros dois de instrumentação industrial, um técnico em eletromecânica, um em mecânica e um eletrotécnico. Cléria Nascimento dos Santos é a única mulher que participa da equipe.

Um dos aspectos que tem chamado a atenção de todos do Grupo Global envolvidos na iniciativa é a capacidade do desenvolvimento do trabalho sendo realizado em conjunto por equipes com culturas organizacionais e segmentos heterogêneos com rápida assimilação e cooperação de todas as pessoas.

“Normalmente, a gente não vê com essa intensidade, esse espírito cooperativo que estamos vivendo aqui. Voltaremos para nossos locais de trabalho conscientes da importância da cooperação, do compartilhamento de informações, abraçando as mudanças e com mais foco na entrega de um resultado eficaz. A vontade de solucionar problemas é uma força propulsora capaz de unir pessoas em torno do trabalho”, observa Ricardo Franco Filho.

Para evitar a concentração de pessoas, todo o trabalho de manutenção das equipes do projeto está sendo feito em laboratórios distintos, com bancadas distantes umas das outras. Todos usam máscaras PFF-2, uma das mais indicadas contra vapores orgânicos, além de adotarem luvas e o álcool gel para a higiene contínua. Como se não bastasse, toda equipe passa por testes periódicos de PCR, adotado para detectar o coronavírus. Apesar de ainda não ter ocorrido nenhum caso de contaminação, a regra é: se ocorrer a identificação de alguém com vírus, a pessoa será afastada da equipe.(Correio*)

Categorias: Destaque

Comentários estão fechados