Teich prepara diretriz para reduzir isolamento e nega ‘crescimento explosivo’ da COVID-19 no Brasil

Alinhado com as ideias do presidente Jair Bolsonaro (sem partido), o ministro da Saúde, Nelson Teich, disse que o governo prepara diretriz para reduzir o isolamento social do Brasil em meio ao avanço no novo coronavírus. O chefe da pasta usou um exemplo hipotético para defender que, no país, não há um “crescimento explosivo” de casos da COVID-19, o que justificaria um relaxamento nas normas de confinamento.

“(Vamos) desenhar uma diretriz que possa dar suporte a estados e cidades para que desenhem seus programas em relação ao isolamento e ao distanciamento”, disse Teich, em sua primeira entrevista coletiva como ministro da saúde, na tarde desta quarta-feira (22), em Brasília.

Leia a declaração de Teich sobre estabelecer diretriz para diminuir isolamento social:

O terceiro braço é desenhar uma diretriz que possa dar suporte a estados e cidades para que desenhem seus programas em relação ao isolamento e ao distanciamento. A gente hoje tem 43,5 mil casos de coronavírus no Brasil. Se a gente imaginar que pode ter uma margem de erro grande… Digamos que a gente tenha aí 100 vezes (mais casos)… Isso é só um exemplo hipotético. A gente está falando em 4 milhões de pessoas. Nós hoje somos 212 milhões. Então, fora da COVID tem 208 milhões de pessoas que continuam com suas doenças, com seus problemas e que têm que ter isso tratado. O que representa hoje 4 milhões de pessoas num país como esse? Dois por cento da população. Se existe o conceito de que tem que ter 70% da população em contato com a doença para que ela seja imune, e a vacina vai levar talvez um ano, um ano e meio… Entre 2% e 70%, se você não tem um crescimento explosivo da doença, o que não está acontecendo no Brasil, a gente talvez nem chegue nesse número antes da vacina. Isso pode levar um ano, um ano e meio. É impossível um país sobreviver um ano, um ano e meio parado. O afastamento é uma medida absolutamente natural e lógica na largada, mas não pode não estar acompanhado de um programa de saída. Isso é o que a gente vai desenhar e vai dar suporte a estados e municípios.(EM) Foto: Reprodução/TV Brasil

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