Projeto de testagem em massa proposto ao Ministério da Saúde e Anvisa por entidades de saúde prevê estrutura da sociedade civil

Na última terça-feira, 16 de abril, durante entrevista coletiva, o novo ministro da saúde, Nelson Teich, reiterou o posicionamento do Governo Federal em firmar um grande programa de testagem em massa. O projeto inclui novas oportunidades de diagnóstico rápido, inclusive em farmácias.

Para esclarecer a opinião pública, o presidente executivo da Câmara Brasileira de Diagnóstico Laboratorial (CBDL), Carlos Eduardo Gouvêa, detalha as duas fases principais do projeto encaminhado recentemente à Anvisa e ao Ministério da Saúde.

A primeira consiste na utilização de toda a rede de saúde (hospitais, laboratórios, farmácias, clínicas e consultórios) com rápida capacidade para implementar e promover a testagem em suas próprias estruturas profissionais e comunidades.

Já a segunda etapa propõe o uso da estrutura da sociedade civil que se dispuser a cooperar. Desse modo, empresas, associações comerciais e diversas entidades poderiam adquirir testes diretamente dos provedores e promover a testagem, desde que sejam assessoradas por laboratórios ou profissionais de saúde habilitados a executá-la, devidamente treinados e atualizados sobre as metodologias disponíveis por meio de ferramentas como, por exemplo, o TELELAB ou equivalente do Ministério da Saúde.

“Neste sentido”, afirma Gouvêa, “seria possível termos uma resposta organizada e estruturada à demanda generalizada por mais testes, à medida em que o Brasil consiga produzir ou receber as importações dos mais de 38 produtos já registrados até o momento pela Anvisa (dentro de um universo de 160 processos em análise)”.

O dirigente da CBDL destaca ainda, que, “por não um autoteste, os testes para Coronavírus são todos eles de uso profissional – ou seja, deve haver a assistência de um profissional capacitado a ler a respectiva bula, executar o teste e, principalmente, interpretar o teste de forma a atender à finalidade a que se destina: triagem epidemiológica ou diagnóstico, inclusive para permitir-se o retorno ao trabalho das pessoas possivelmente ‘imunizadas’. Somente assim, será possível ter um instrumento adequado para a formulação de programas de saúde pública efetivos!”

Além da CBDL, este projeto de testagem em massa conta com o apoio das principais entidades do segmento saúde como ANAHP, Fehoesp, Abramed, SBAC, SBPC/ML, Abrafarma, CFF, entre outras.

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