Ireuda Silva sugere canais de atendimento psicológico e jurídico a vítimas de violência doméstica durante pandemia

Com um histórico de luta,principalmente em defesa das mulheres, a vereadora Ireuda Silva (Republicanos), que preside a Comissão de Defesa dos Direitos da Mulher da Câmara de Salvador, apelou para que as administrações municipal, estadual e federal priorizem a saúde mental das mulheres, sobretudo das vítimas de violência doméstica, que aumentou após o início da quarentena e do isolamento social para conter a disseminação do novo coronavírus.

A preocupação da edil tem fundamento, pois, dados da ONU – Organização das Nações Unidas – apontam que a violência doméstica vem aumentando durante o período de confinamento para conter a pandemia da covid-19. No Rio de Janeiro, por exemplo, houve um crescimento de 50% e em São Paulo, 30%.

Atenta, a republicana sugeriu ao governador Rui Costa e ao presidente Jair Bolsonaro, por meio de projeto de indicação, a criação de canais de atendimento telefônico, online e por aplicativo que amparem as vítimas, oferecendo amparo psicológico e jurídico e orientando-as sobre ações necessárias.

Na avaliação da vereadora, que também preside a Frente Parlamentar em Defesa da Saúde, os efeitos negativos da pandemia se agravarão se as pessoas estiverem emocional e psicologicamente doentes, e ações nesse sentido devem vir juntas com a intensificação das medidas de proteção às mulheres.

Em artigo publicado na revista brasileira de psiquiatria, o Centro de Pesquisa em Álcool e Drogas e do Programa de Pós-Graduação em Psiquiatria da Universidade Federal do Rio Grande do Sul pondera que problemas de saúde mental gerados por crises como essa podem ter impactos psicossociais e econômicos incalculáveis, podendo durar mais tempo do que a própria pandemia.

“É consenso entre psicólogos e psiquiatras que o isolamento social, a crise, o desemprego batendo à porta e a incerteza em relação ao futuro já estão causando danos psicossomáticos às pessoas. Como se não bastasse, vemos um aumento vertiginoso nos índices de violência doméstica, exigindo medidas ainda mais enérgicas para combater esse mal, que passa por agressões físicas até psicológicas e emocionais. As mulheres inseridas nesse contexto podem se tornar um dos grupos com maiores prejuízos, já que há uma junção de situações danosas”, avalia a vereadora.

“As políticas voltadas para a proteção à mulher devem ser pensadas de forma ampla, porque o impacto psicológico da violência doméstica, aliado ao mal estar social atualmente vivido, pode ser tão ou mais danoso que situações de agressão física”, acrescenta.

Categorias: Noticias

Comentários estão fechados