Venda em postos de combustíveis em Salvador e RMS caiu 65%

O comércio baiano, o varejo, o trade turístico e diversos outros segmentos baianos estão sendo atingidos com força pelos efeitos da pandemia do novo coronavírus (Covid-19). Os postos de combustíveis de Salvador e região metropolitana (RMS), por exemplo, já apresentam baixa de 65% no volume de vendas. Ruim para empresários, péssimo para os trabalhadores: demissões na área atingem pelo menos 15% do quadro de funcionários.

De acordo com o presidente do Sindicato do Comércio de Combustíveis, Energias Alternativas e Lojas de Conveniências do Estado da Bahia (Sindicombustíveis-BA), Walter Tannus, estimativa é que os números aumentem. “Há postos que já estão pedindo socorro aos bancos, aos distribuidores”, disse.

Diante dos prejuízos, trabalhadores que atuam nos estabelecimentos começaram a ser demitidos. “Estamos terminando de fazer uma pesquisa com os postos, mas o número de demissões já chega a 15% da fonte de trabalho. Antecipação de férias, redução de salário, todo recurso está sendo utilizado”, destacou.

Na análise de Tannus, a redução dos tributos por parte dos governos estadual e federal poderia ajudar o segmento a atravessar essa crise, semelhante ao proposto pela Petrobras, que nesta semana reduziu o preço dos combustíveis e animou alguns consumidores.

“[A redução da Petrobras foi] um alento para o nosso produto, que é bastante elevado. Temos tributações excessivas. Pelo menos R$ 1,97 na formação do preço da gasolina é de tributo. Até com essa crise toda, nem o governo federal nem o estadual reduziu a carga tributária. A redução do tributo ajudaria, mas a solução mesmo é a retomada da economia”, ponderou.

A RMS atualmente possui cerca de 240 postos de combustíveis e, segundo Tannus, ainda não há registros de fechamentos, exceto de lojas de conveniência. “Os postos estão orientando seus funcionários sobre as medidas de higiene, distribuindo máscaras e álcool em gel. Seguindo todas as recomendações de saúde”, acrescentou o presidente do Sindicombustíveis.

Os estabelecimentos estão em operação durante a pandemia por integrarem a categoria de serviços essenciais, mas lojas de conveniência funcionam com restrições. (Tribuna da Bahia)

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