BA: Parceria entre SENAI CIMATEC e SESI vai testar 13,8 mil trabalhadores da indústria para covid-19

Para enfrentar a pandemia de covid-19 no estado, o SENAI CIMATEC começou a analisar, nesta semana, testes de trabalhadores da indústria que são coletados pelo SESI. A previsão é de que, com a parceria entre as instituições, sejam realizados 13,8 mil exames do tipo PCR, feitos através de biologia molecular e que identificam a presença do vírus na saliva, por exemplo.

Antes de chegar ao Instituto SENAI de Inovação em Sistemas Avançados de Saúde, no SENAI CIMATEC, para análise, os fluidos da boca e do nariz do trabalhador com suspeita da doença serão colhidos por profissionais do SESI – a visita ocorre após contato da empresa. A iniciativa, inicialmente, será disponibilizada para indústrias de Salvador e em cidades do interior.

O gerente de Saúde e Segurança na Indústria do SESI, Amélio Miranda, explica que o foco é atender os profissionais de setores essenciais, que continuam trabalhando em meio à pandemia.

“A solicitação desse exame se dá através de uma requisição do médico da empresa ao SESI para que haja a realização dos exames. O nosso foco é o atendimento à indústria. Obviamente que há a expectativa da ampliação para atendimento [geral]”, pontua. Segundo Miranda, até o momento, dez empresas já manifestaram interesse e a tendência é que esse número aumente nas próximas semanas.

Para receber as amostras, o SENAI CIMATEC montou um laboratório de diagnóstico molecular exclusivo para testes de covid-19, onde são cumpridas as etapas de extração, amplificação e diagnóstico. A pesquisadora do Instituto SENAI de Inovação em Sistemas Avançados de Saúde, Milena Soares, projeta que os resultados dos testes estejam prontos em até quatro horas.

“Nós temos uma equipe composta atualmente de dez pessoas, tanto na parte de execução do teste, quanto no apoio”, indica.

As empresas interessadas podem obter mais detalhes no site da Federação das Indústrias da Bahia: fieb.org.br.

Como funciona o teste

O teste PCR é um exame chancelado pela Organização Mundial de Saúde (OMS), em que é possível obter o diagnóstico de covid-19. Uma pequena amostra genética é extraída de forma automatizada e amplificada em um aparelho chamado termociclador, capaz de detectar a presença do RNA de um vírus.

O virologista do Laboratório Exame, José Eduardo Levi, explica que esse tipo de teste identifica o vírus no período em que está agindo no organismo e é recomendado pelo Ministério da Saúde para acompanhar a evolução da doença no Brasil, como os sintomas dos casos mais graves.

“Esse é o teste mais indicado porque é o teste que identifica o vírus diretamente na fase de sintomas, que é quando mais interessa saber se as pessoas estão ou não com a doença. Os testes de sorologia e testes rápidos identificam anticorpos, podem dizer se a pessoa teve a doença, mas não se a pessoa está com a doença”, esclarece o especialista.(Ag. do Rádio Mais)

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