O governador da Bahia, Rui Costa, declarou, nesta terça-feira (24), que o Estado prepara uma estratégia inicial de formar uma espécie de “cinturão” de Unidades de Pronto Atendimento (UPA) no interior da Bahia para pacientes com Coronavírus. Os casos graves deverão ser transferidos para Salvador, onde já há o Instituto Couto Maia, exclusivo para quem tem Covid-19, e para outras unidades onde o governo planeja estabelecer para atender exclusivamente os pacientes da doença.
Durante a inauguração da Unidade Básica de Saúde de San Martin, em Salvador, Rui Costa declarou que, do ponto de vista de leitos, inicialmente não vão ser colocados no interior. “Peço ajuda para explicar isso para a população. Nós queremos, inicialmente, ter hospitais exclusivos para atender ao Coronavírus, porque, no hospital, se você colocar pacientes de Coronavírus e tem outros enfermos lá dentro, o índice de contaminação dos profissionais de Saúde é relativamente alto, em todos os países do mundo. Então 12% dos infectados, em média, são os profissionais de Saúde que tratam nesses hospitais. Inicialmente, queremos e esperamos seguir estratégia até o final, ter hospitais exclusivos para não permitir infecção de outras pessoas internadas”.
Rui Costa falou, ainda, sobre as UPAs que serão usadas no interior, mas não tiveram suas obras concluídas. “Vamos abrir essas UPAs e fazer uma espécie de cinturão de triagem. Se o paciente tiver dificuldade de respirar, ele vai para essas UPAs, com equipes lá, com respirador e material necessário. Se ele melhorar, volta para casa e conclui a quarentena dele em casa. Se ele complicar, a gente traz, por UTI aérea ou terrestre, para o nosso hospital. Já fechamos 13 UPAs e em, Lauro de Freitas, um PA (Pronto Atendimento), que a prefeitura já conclui, mas pedimos que não abra como PA e como área para triagem de pacientes com Coronavírus)”.
A implementação de unidades exclusivas para a Covid-19 no interior também está sendo negociada, segundo o governador. “Abrimos processo de diálogo em algumas unidades, como em Vitória da Conquista, que tem um prédio de hospital novo, particular, pequeno, que estamos negociando para fechar exclusivamente. Em Caetité, tem um hospital de Oncologia que estamos concluindo a obra. Mas, nesse período de crise, em vez de inciar com a Oncologia, vamos fechar para Coronavírus, exclusivamente, se for necessário”, destacou.
Também de acordo com Rui Costa, o governo busca a obra do Hospital Metropolitano. A empresa responsável pela construção prometeu a entrega em 40 dias e, no caso, a unidade será aberta exclusivamente para o Coronavírus, com disponibilidade de 104 leitos de UTI. “O prédio novo do Cleriston Andrade, de Feira de Santana, em 30 dias, dizem que acontece a entrega. É um prédio novo que pedimos também para acelerar a obra, pois é um prédio que também seria usado exclusivamente para pacientes com Coronavírus”, pontuou o gestor estadual.
