Símbolos da Revolta dos Malês podem ser implantados no Campo da Pólvora

A vereadora Marta Rodrigues, líder do PT na Câmara Municipal de Salvador, se reuniu com o secretário municipal de Desenvolvimento Urbano, Sérgio Guanabara, e com o membro da Coordenação Nacional de Entidades Negras (Conen), Gilberto Leal, para dar continuidade às tratativas sobre o pedido do movimento negro de implantar símbolos referentes à Revolta dos Malês na Praça do Campo da Pólvora.
De acordo com Gilberto Leal, a praça tem uma grande representatividade para o povo negro, pois foi lá onde os heróis da Revolta foram mortos, após serem capturados.

Na reunião, o membro da Conen lembrou que a pauta faz parte do manifesto “Malês, uma outra revolta!”, lançado em 2001, onde defende-se a implantação de símbolos e referências à Revolta dos Malês no Campo da Pólvora, seja com monumentos ou esculturas em homenagem aos heróis Jorge, Pedro, Gonçalo e Joaquim, e à heroína Luiza Mahin.

“Precisamos mostrar para a população quem foram nossos heróis e heroínas. Quem esteve no campo de batalha pela liberdade e pela justiça social na Bahia. A Revolta dos Malês foi muito importante para nós, com uma intensa capacidade de organização”, explicou Leal. O assunto foi tratado com Guanabara pelo fato de a praça ser administrada pela prefeitura. Ele se mostrou aberto ao diálogo e disse que levaria a pauta ao prefeito ACM Neto.

A vereadora Marta chegou a apresentar na Câmara um projeto de indicação ao Governo do Estado solicitando que a estação de metrô do local passe a se chamar “Estação Campo da Pólvora – Malês”. “É uma questão de pertencimento do nosso povo negro. Precisamos nos ver representados pela cidade, pois somos maioria na população e temos um grande histórico de luta pela igualdade e pela liberdade”, declarou.

Também neste mês, no último dia 2, o assunto foi discutido com o secretário estadual de Desenvolvimento Urbano, Nelson Pelegrino. Na ocasião, foi solicitado ao secretário que a estação do metrô no local passe a se chamar “Estação Campo da Pólvora – Malês”. A iniciativa foi bem recebida por Pelegrino.

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