Palco Origens traz batalha de MCs e shows dançantes neste domingo (23)

Cenário musical alternativo e da diversidade dentro do Carnaval, o projeto Origens segue animando o público no Espaço Cultural da Barroquinha, no Centro (Circuito Osmar), neste domingo (23). Encabeçado por artistas negros e independentes, o projeto traz atrações com vertentes musicais ligadas ao rap, reggae, R&B, funk, pagode eletrônico e outros ritmos. Os show começam a partir das 15h e a programação terá nomes como Vanessa Borges, Guiguido do Ilê, Hiran, Faustino e Baile do Nêgo.

Duelos com rimas e improvisos musicais que dão voz a temas relevantes como o empoderamento feminino e respeito serão uma das atrações promovidas pela Batalha das Bruxas, um coletivo feminino de MCs de Salvador, que levarão o rap e rip hop para o Carnaval.

Umas das organizadoras da batalha, a MC Pollyana Menezes, 23 anos, explicou que a batalha é um evento para toda a família. A temática é livre e são proibidos qualquer tipo de preconceito e ofensas. A premissa da batalha é o respeito.

“O que a gente quer é que o nosso publico se sinta à vontade. A gente sabe que quando o trabalho é feito com o recorte feminino, temos que pensar nas crianças que vão para o evento, nas mães de família que acabaram de parir e estão indo fazer freestyle e curtir, nas mulheres que querem ir para dançar e não ser violadas. Nós somos um ponto fora da curva”, destacou.

Ela disse que a batalha começou em 2017 pela organização do Coletivo Vira-Lata, do qual fazia parte com outras duas MCs. Agora, possui o selo musical Nsabas, com o objetivo de ocupar espaços significativos dentro do circuito de batalhas na cidade e estado.

“A gente identificou que, apesar da cena do hip hop estar conseguindo se movimentar e surgindo novas caras, as mulheres ainda não tinham um espaço, um evento específico. A nossa perspectiva é mostrar o protagonismo das mulher pretas. A proposta é abraçar o público feminino e LGBT”, explicou Pollyana, destacando a importância da Prefeitura apoiar e estar engajada em dar visibilidade a projetos como o Origens.

Ritmos dançantes – Uma fusão de ritmos musicais originadas da diáspora africana, como o pagode e o afrobeat, é uma das propostas da banda Afrocidade, que também se apresenta neste domingo. “Flertamos com ritmos que mostram a diversidade africana. O pagode, por exemplo, é uma evolução do cabúla, um ritmo executado no candomblé”, afirmou o baterista Eric Mazzoni.

A banda também flerta com ritmos orquestrais, música eletrônica e rap, todas com letras politizadas e que tratam de temas como o racismo e problemas sociais. “É um show com muita diversidade e muito dançante. Quem for, vai se divertir bastante”, afirma Mazzoni.

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