Projeto institui o Dia Municipal de Combate ao Alcoolismo

O objetivo deste dia é divulgar ações e informações para alertar as pessoas sobre os perigos causados pelas bebidas alcoólicas.

A Câmara de Vereadores aprovou em 2017 o projeto de Lei de n° lei 9207/2017 que cria o “Dia Municipal de Combate ao Alcoolismo”, que é celebrado no dia 18 de fevereiro. Apresentado pelo vereador Luiz Carlos Suíca (PT), o projeto é fruto de uma pesquisa do IBGE e do Ministério da Saúde voltada ao uso abusivo da bebida alcoólica. O objetivo deste dia é divulgar ações e informações para alertar as pessoas sobre os perigos causados por bebidas alcoólicas, que são consideradas a porta de entrada para o consumo desenfreado de outras substâncias químicas.

“O álcool pode levar o indivíduo a uma doença, que é sem dúvida, a dependência”. O edil petista ainda salienta que o consumo entre os jovens vem aumentando, citou como exemplo o estudo realizado pelo Ministério da Saúde, que aponta a capital baiana como campeã em consumo abusivo de bebidas alcoólicas. No histórico de 10 anos, Salvador já tinha alto índice de consumo abusivo de álcool (24,9%). A ingestão já alcançou o pico de 26,6% em 2012 e o menor índice em 2017 (20,8%). A média do período é de 26,1% da população.
O projeto de lei foi para votação na Câmara Municipal de Salvador em 15 de fevereiro de 2017, e após dois meses o prefeito ACM Neto sancionou a Lei de n° lei 9207/2017, em 4 de maio de 2017.

Pesquisa

Quantas doses de bebida alcoólica você tomou da última vez que saiu? Se a resposta for mais de quatro, você pode estar bebendo demais. É o que aponta o Ministério da Saúde (MS) na Pesquisa de Vigilância de Fatores de Risco e Proteção para Doenças Crônicas por Inquérito Telefônico (Vigitel) de 2017.

Segundo a Organização Mundial de Saúde, mais de 3% da população brasileira acima de 15 anos de idade é considerada alcoólatra. Parece pouco, mas essa porcentagem equivale a mais de 4 milhões de pessoas. E tem mais, mesmo os que não são dependentes de álcool estão bebendo mais. De acordo com o estudo divulgado pela OMS, o brasileiro bebe 8,7% litros de álcool puro por pessoa a cada ano, contra a média global de 6,2%. Desconsiderando o total da população que não bebe (42,3%), a média de consumo de álcool é ainda maior: 15,1 litros por ano.

O consumo de álcool está ligado a diversas consequências tanto para o indivíduo que consome quanto para todos aqueles que estão a sua volta. Consequências como acidentes no trânsito, problemas no trabalho, com a família e violência interpessoal têm sido o foco de interesse e de atenção pública e de estudos científicos nos últimos anos. O impacto que o uso do álcool estabelece nas redes sociais como um todo é fruto tanto do prejuízo que esta temática causa na produtividade econômica quanto da atenção e dos recursos gastos pela justiça criminal, pelo sistema de saúde e por outras instituições sociais, segundo o Centro de informações sobre saúde e álcool.

Segundo o Ministério da Saúde (2009) o uso constante de álcool causa dependência física e psicológica, transformando o usuário ocasional em viciado, podendo levar à morte pelo consumo excessivo e até mesmo debilitar progressivamente o organismo de quem a usa. A magnitude do problema do uso indevido de álcool, verificada nas últimas décadas, ganhou proporções tão graves que hoje é uma questão de saúde pública no país. Além disso, este contexto também é refletido nos demais segmentos da sociedade por sua relação comprovada com os agravos sociais, tais como: acidentes de trânsito e de trabalho, violência domiciliar e crescimento da criminalidade.(Mara Silvany )

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