Oscar 2020: “Democracia em vertigem” é superado por filme produzido pelo casal Obama

Não foi desta vez que o Brasil ganhou a sua primeira estatueta na mais famosa festa da indústria cinematográfica. O filme brasileiro Democracia em Vertigem, dirigido por Petra Costa, concorreu ao Oscar 2020 na categoria de melhor documentário, mas foi superado por Indústria Americana, produção norte-americana que era a grande favorita da categoria.

Em sua obra, Petra retrata os bastidores do impeachment da ex-presidente Dilma Rousseff. Antes da cerimônia, no tapete vermelho, a cineasta e sua equipe fizeram uma homenagem à vereadora carioca Marielle Franco (Psol), morta há quase dois anos ao lado de seu motorista, Anderson Gomes.

A equipe também fez um protesto coletivo contra as queimadas na Amazônia e os ataques aos povos indígenas. Placas com as hastags #ActfortheAmazon (ato pela a Amazônia) e #actfordemocracy (ato pela democracia) foram levantadas por ela e por integrantes da produção de seu filme.

O vestido vermelho foi uma homenagem da diretora a Marielle. Momentos antes da premiação, Petra escreveu nos stories: “Quem mandou matar Marielle Franco? Queima de arquivo”.

Em entrevista ao canal TNT, Petra disse que a “cura do Brasil depende do voto de cada um”. “Eu acredito que isso não é da alma brasileira, a gente consegue lidar com as diferenças, mas esse ódio não faz parte da nossa natureza. A cura do Brasil depende do voto de cada um. Não aguento mais gente falando que política é tudo igual. Esse é o segredo para continuarmos perpetuando desigualdades. O voto de cada um importa. A gente tem que barrar esse avanço do fundamentalismo”, afirmou.

Já o filme Indústria Americana, de Steven Bognar, Julia Reichert e Jeff Reichert, foi produzido pelo casal Michelle e Barack Obama. A obra mostra o choque de cultura quando uma fábrica chinesa de vidro automotivo é instalada em um pequena cidade de Ohio, em 2010. Enquanto os americanos festejam novos postos de trabalho e pagamento justo, os chineses reclamam que seus novos colegas são “lentos e falam demais”.(Congresso em Foco)

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