Mais de 80% das pessoas entrevistadas acreditam em relacionamentos duradouros iniciados em apps de paquera

Conhecer pessoas, conversar e marcar um encontro ficou mais fácil nos dias de hoje. Se as compras, entretenimento, estudo e trabalho estão cada dia se modernizando em um ambiente “online”, com os relacionamentos não seria diferente. O jeito de flertar também evoluiu: das pequeninas e delicadas mensagens dos correios-elegantes, passando pelo “chat de namoro” e chegando aos aplicativos de paquera que caíram no gosto de quem está solteiro.

As razões para entrar num app de namoro são inúmeras: timidez, preguiça de sair de casa ou por pura comodidade, afinal é possível definir a idade, localidade e alguns gostos em comum dos futuros “crushes” deixando tudo por conta dos algoritmos, que trabalham a favor do usuário.

Uma pesquisa realizada pelo aplicativo de opinião pública Quinto mostrou que a população está dividida em usar apps de paquera (50% usam), porém a maioria, 87% dos ouvidos já não veem mais estas plataformas como apenas diversão, mas sim um ambiente em que é possível encontrar um amor de verdade e ter um relacionamento sólido. Foram mais de 5.000 votos para esta pergunta, sendo o sexo feminino o mais expressivo, com 62%. O app também apurou onde estão estas pessoas que creem num relacionamento iniciado por aplicativos para dar uma ajudinha a quem está em busca do amor: a maioria se encontra na região sudeste, com mais de 2 mil votos.

Os números do Quinto refletem uma realidade já percebida nos apps de paquera. No Badoo, por exemplo, um dos mais antigos do gênero e que conta com mais de 460 milhões de usuários em todo o mundo, um levantamento feito em dezembro de 2019 mostrou que mais de 516 mil pessoas deletaram suas contas do aplicativo, com a justificativa de terem conhecido alguém especial.

O aplicativo Quinto, que tem uma categoria de perguntas voltada somente a relacionamentos, também questionou seus usuários se tais ferramentas para paquera são realmente eficientes, e dos 2.352 votos, 52% acham que “sim”, porém 92% não pagam ou pagariam para serviços adicionais que os aplicativos oferecem, como buscas personalizadas, por exemplo.

Como se dar bem nos apps

Terapeuta de casais há mais de 20 anos, Laila Pincelli separou algumas dicas de como se dar bem nos apps de paquera. “O mais importante de tudo é que a pessoa tenha clareza do tipo de relacionamento que está buscando no momento. Se está querendo apenas curtir ou se busca uma relação com compromisso”, explicou. Para isso, a profissional indica que as fotos, frases e descrição na bio sejam compatíveis com tal objetivo. Laila aconselha também que quanto mais detalhes o usuário possa fornecer de si mesmo, mais chances terá de encontrar alguém. “Se a pessoa é esportista, por exemplo, tende a atrair pessoas com perfil parecido”. Desta forma as pessoas aumentam as chances de encontrar um verdadeiro amor.

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