Casas artísticas de Salvador realizam circuito de programação cultural

O verão pode ser também um espaço de unir arte, cultura e debate sobre feminismo. É o que propõe a 2ª edição do Circuito CASAS Alternativas de Salvador, que integra cinco casas artísticas localizadas no Centro da cidade e traz uma intensa programação de oficinas, performances, rodas de conversas e palestras. Desenvolvido pelo Coletivo Ponto Art, o projeto foi contemplado pelo Edital Arte Todo Dia – Ano V, promovido pela Prefeitura por meio da Fundação Gregório de Mattos (FGM).

A iniciativa acontece de sexta a domingo (10 a 12), na Casa Rosada Barris, Casa Charriot, Casa Preta, PachaMãe LatinoAmerica e Casa d’A Outra. A programação completa está disponível no site www. coletivopontoart. com. br/ ii-circuito-casas.

A segunda edição do circuito visa fortalecer a produção artística de mulheres, criando uma rede de colaboração através do diálogo e da troca entre casas e realizadoras de diferentes linguagens artísticas, bem como práticas terapêuticas, ligadas ao autocuidado e autoconhecimento. O tema “Construções Feministas: discutindo estratégias de transformação cultural”, foca no fortalecimento da produção artística-cultural feita por mulheres.

“Por feminismo entendemos movimento de mulheres contra todas as formas de opressão, para garantir o direito de todos, igualdade de direitos e respeito às diferenças, para assim viver de forma menos opressora e mais saudável”, afirma a bailarina e coreógrafa Jack Elesbão, integrante do Coletivo PontoArt, um dos grupos idealizadores do projeto.

O Circuito CASAS quer contribuir para que as produções de mais mulheres sejam visíveis, assim como suas pautas. “Novas questões estão latentes: formação, acolhimento de mães, discutir jornada dupla de trabalho, ter espaços seguros para falar sobre inseguranças, empoderamentos, violências” acrescenta Nai Menezes, uma das coordenadoras do Coletivo PontoArt.

Artistas independentes – As casas alternativas são espaços vitais da cena cultural de Salvador, especialmente no Centro da Cidade. Elas reúnem artistas independentes que têm nesses espaços as condições de produzir arte e atividades culturais, além de criar novos cenários de produção e pensamento. Pautas como acolhimento e condições para que mães artistas e produtoras possam criar, empoderar-se e resistir fazem parte desses espaços que, através do afeto e da arte e cultura, reconfiguram as noções de feminino, de sororidade e de parceria com companheiros.

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