Sempre e Projeto Axé assinam convênio para criação de novo censo da população em situação de rua

Um novo diagnóstico das pessoas em situação de rua será elaborado em Salvador, pelo Projeto Axé de Defesa e Proteção da Criança e Adolescente, em parceria com a Prefeitura. Nesta segunda-feira (16), o vice-prefeito Bruno Reis, a secretária de Promoção Social e Combate à Pobreza (Sempre), Ana Paula Matos, e o fundador-presidente do Projeto Axé, Cesare de Florio La Rocca, assinaram o convênio para iniciar a pesquisa. A previsão é que em nove meses a capital baiana já tenha o novo censo, que traça o perfil da população em situação de rua.

Titular da Sempre, Ana Paula Matos explicou que nesse novo estudo haverá unificação da metodologia utilizada pela Sempre e pela instituição. “O Projeto Axé sempre identificou qualquer pessoa que encontrava na rua, como população de rua – e a gente entende que uma pessoa que tem casa, tem moradia, não é uma pessoa em situação de rua. Então, essa unificação de metodologia é necessária, porque o que importa é que a gente identifique de fato essas pessoas e por quais motivos estão nas ruas e como a gente pode fazer para que essa situação seja resolvida”, pontuou. Ainda segundo Ana Paula, a partir dos dados coletados, a Sempre “vai revisar todo o seu planejamento para população em situação de rua e melhorar o que for necessário”.

O vice-prefeito Bruno Reis pontuou que o cruzamento de dados potencializa o trabalho feito pelo Projeto Axé, pois permitirá a atualização das informações, identificando ainda quem faz uso das substâncias psicoativas. “Esse levantamento vai ajudar a gente a fazer um trabalho específico para cada cidadão que vive nas ruas de Salvador, aprimorando as políticas sociais e ofertas de serviços para essa população”, destacou Reis, citando também que a Prefeitura ampliou o número de unidades de acolhimento.

Fundador-presidente do Projeto Axé, Cesare de Florio La Rocca classificou como um marco histórico o passo dado pela Prefeitura de Salvador. “Essa parceria com a Prefeitura de Salvador nos permitirá não apenas saber quantos e onde estão, mas qual é o perfil, a topologia. Sem conhecimento direto é impossível elaborar políticas adequadas para esse tipo de população. Por isso, considero um marco histórico essa ação, pois é o único município no Brasil que tem a ousadia de fazer esse tipo de indagação em parceria com a organização da sociedade civil que é o Projeto Axé”, afirmou.

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