“Forte por Ser Mulher” encerra Novembro Negro debatendo a discriminação contra a estética afro

O programa “Forte por Ser Mulher”, transmitido ao vivo nas redes sociais da vereadora Ireuda Silva (Republicanos), encerrou com chave de ouro o Novembro Negro debatendo a estética afro e como ela é um dos primeiros e principais alvos do racismo estrutural na sociedade brasileira. A convidada desta edição foi a ativista Naira Gomes, uma das fundadoras da marcha do Empoderamento Crespo, que luta contra a discriminação ressaltando elementos visuais característicos da população negra.

“A estética dói. No ‘não’, na exclusão, no ‘você é feia’, no ‘você não serve para esse trabalho’. Tem a dificuldade ideológica. De como dizem que estética é besteira. O Brasil exercita um racismo fenotípico, de aparência, de imagem. Se você chega num espaço, de qualquer forma como negro, é tratado como negro. Logo entendem que você é sujo, marginal, incapaz, é tudo isso. A marcha tem uma conquista muito grandiosa que é oferecer mecanismos para ressignificar isso”, avaliou Naira.

Para a vereadora, que é presidente da Comissão de Defesa dos Direitos da Mulher e vice da Comissão de Reparação, o preconceito contra a estética afro, uma das maneiras como o racismo se manifesta, se estende para uma série de situações cotidianas. “Contem quantos apresentadores negros há na TV. Quantos negros estão nos espaços de poder. Mas você vai na comunidade e vê quantos estão sofrendo na penitenciária, quantos são usuários de drogas…”, pontuou. “É uma desigualdade revoltante, em muito agravada quando nós, pessoas negras, resolvemos expressar nossa identidade por meio de nossa aparência, nossa estética. Mesmo em uma cidade com mais de 80% da população negra, como Salvador, sofremos um racismo brutal quando usamos um cabelo black power, por exemplo”, acrescentou.

O programa vai ao ar todas as quintas-feiras, às 12h, nas redes sociais da vereadora Ireuda Silva.

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