Vereador sugere a criação do Palco do Reggae no Carnaval

O vereador Odiosvaldo Vigas (PDT) irá discutir com a Empresa Salvador Turismo (Saltur) e prefeitura a criação do Palco do Reggae para o Carnaval de 2020. Esse assunto vem sendo debatido no decorrer do ano entre ele, produtores culturais, representantes de bandas, músicos e DJs de reggae.
Segundo Odiosvaldo, a Bahia é pioneira em reconhecer o reggae como cultura, pois foi a primeira cidade a ter lei específica para aprofundar a música que não é só música, “mas sim um conjunto de elementos agregados como estilo de vida, conhecimento e estética. O reggae surgiu no Brasil faz mais de 40 anos e Salvador é a primeira cidade a reconhecê-lo como legítima manifestação cultural e a contribuir para o crescimento do ritmo brasileiro”, disse.

O vereador salienta que o projeto do palco seria uma forma de voltar ao que aconteceu na Praça do Reggae, no Pelourinho, nos anos de 2008 a 2013, no Carnaval e com participação de cerca de 16 bandas. “Presença marcante na festa carnavalesca, o Reggae aumenta cada vez mais sua participação no cenário antes dominado por outros ritmos. Por isso, a importância dessa musicalidade no cenário cultural em que projetamos que 24 bandas e DJs possam se apresentar nesse palco”.
Além do palco, o vereador frisa que várias ações estão previstas na proposta: realização de outras manifestações para estimular a música, workshop sobre o assunto, pockets-shows gratuitos na Estação da Lapa, mostrar na maior festa de rua do mundo, o Carnaval, a diversidade musical existente em Salvador, ampliar o universo musical na cidade, chamar atenção da mídia para esse tipo de ritmo, que, segundo Odiosvaldo, “vive independentemente do modismo, pois a música reggae nunca sai de moda”. Ele cita ainda outras possibilidades: garantir a participação de mais artistas de reggae no Carnaval, valorizar o estilo com envolvimento do público local, visitantes, turistas nacionais e estrangeiros; consolidar e dar visibilidade aos músicos-reggae.

Odiosvaldo ressalta que o estilo musical influenciou o falecido e grande percussionista Antônio Luís Alves de Souza, o Neguinho do Samba, que criou o samba-reggae no grupo Olodum. “O reggae não é só música, é também um estilo de vida, expresso na maneira de ser, de se comportar e de pensar vivido pelos rastafáris”, acrescenta. Ele completa que o projeto fortalece e divulga a música de Salvador e dos seus diversos artistas, além de ajudar nas ações da Saltur, “fomentando as ações culturais dos segmentos da sociedade e fornecendo condições para o livre desenvolvimento da música”, finaliza.

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