Ireuda Silva apresenta projeto sobre Lei Maria da Penha nas escolas em workshop da Avon: “Sem empoderamento não há igualdade”

Repensar práticas para construir um trabalho conjunto e cooperativo centrado na segurança da mulher. Esse foi um dos principais objetivos do 8º Workshop de Acesso à Justiça promovido pelo Instituto Avon em Salvador, ao longo desta semana, e que teve a vereadora Ireuda Silva (Republicanos) como uma das convidadas. No evento, ela, que preside a Comissão de Defesa dos Direitos da Mulher na Câmara de Salvador, apresentou o projeto de sua autoria que prevê o ensino da Lei Maria da Penha nas escolas da rede pública municipal.

“O workshop é de suma importância no reforço de ações de proteção, acolhimento e acesso à Justiça para as mulheres. Nestes três dias do evento, as discussões construíram uma fonte rica para mostrar os caminhos institucionais para propormos políticas públicas que atendam o clamor de todas nós, mulheres. Foi uma experiência arrojada e inovadora, marcada pelo compartilhamento de experiências, demandas e pontos de vista”, avalia Ireuda, que dedica sua vida a promover ações e projetos para ajudar as mulheres a se encontrarem no caminho para a autoafirmação e o empoderamento. “Sem empoderamento não há igualdade”, frisa.

O projeto de lei da republicana prevê a obrigatoriedade do ensino de noções básicas sobre a Lei Maria da Penha na matéria de sociologia da rede pública de ensino municipal. Ireuda acredita que abordar o tema nas escolas, já no Ensino Fundamental, é uma das formas mais eficazes de desconstruir ideias e práticas machistas incutidas pela cultura. “Assim, poderemos ajudar na construção de um futuro com menos violência contra a mulher, menos feminicídios, mais humanismo e, quem sabe, até mais respeito aos direitos da mulher em outros âmbitos da sociedade”, disse a vereadora nesta semana. “O melhor remédio contra preconceito e ignorância é educação. E é preciso dizer que não estamos falando apenas de agressões físicas, mas também psicológicas, violência sexual e outras práticas que tornam a vida da mulher extremamente difícil”, acrescentou.

Nos primeiros seis meses de 2019, foram 46,5 mil denúncias de violência contra a mulher, um aumento de quase 11% em relação ao mesmo período do ano anterior. “Há maior disposição e mais consciência das mulheres para denunciar, mas trabalhar nesse sentido, embora seja importante, não é suficiente.

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