Nasci livre, criei-me forte e morrerei plena – Por Juliana de Oliveira*

A minha vida amorosa definitivamente, daria um livro. Alguns homens nada foram para mim, outros me marcaram como se marca um boi no pasto.
De alguns senti falta, de outros nem lembro o nome.
Não sei quantos amei e ainda tenho dúvidas, se foi amor ou loucura do meu coração.
As vivências me ensinaram a seletividade e me trouxe a frieza, da necessidade de ser racional.
Entender que não é qualquer homem que se encaixa em mim, por mais que eu queira.
Não aceitar reservas, quando mereço o mundo inteiro. Não permitir imposições, uma vez que sou livre e independente.
Posiciono-me sexualmente, no meu corpo, quem manda sou eu.
Não me calo, para o que não gosto e não tenho o receio de ser só.
Solidão nasce conosco, seremos somente nós, até o fim da vida.
Certos perfis já não me cabem.
Percebi que não sou uma mulher fácil, dizem que eu “meto medo”. Porque temem uma mulher que sabe e fala o que quer?
E entendi, que só fica quem me admira, me aceita e consegue conversar. Que sabe falar sobre emoções, não faz jogos de desinteresse ou acredita que é o ALFA.
Isso, não existe aqui!
Pensando bem, eu me aceito e isso me basta. Tenho meus defeitos e os abracei, é mais fácil mudar através do amor próprio. Qualidades, sim, eu as possuo e percebo a pessoa boa que sou.
Eu cuido de mim. Não jogar essa responsabilidade no outro, faz com que minha ida seja mais tranquila. Não permaneço por apego, só fico com afeto.
E, o homem que me nega o direito de pensar e expressar, não me tem.
Nasci livre, criei-me forte e morrerei plena.
Ao fim da minha vida, quero somente o orgulho da mulher que fui. Absolutamente, será o meu maior e melhor legado.

*Juliana de Oliveira é psicóloga, apresentadora do programa Revista Dinâmica ( Rádio Hoje Brasil) e colunista do portal Repórter Hoje
Instagram: @eujulianadeoliveira

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