Feira de Artes da Primavera reúne 500 expositores no Campo Grande

Cerâmica, fuxico, tricô, flores, artigos pet, pratos da culinária baiana e uma gama de atrações culturais. A 8ª edição da Feira de Artes da Primavera, promovida pela Prefeitura em parceria com a Associação dos Artesões da Bahia, reúne 500 expositores de todo o estado. A feira foi aberta nesta terça-feira (17) e segue até segunda (23), na Praça Dois de Julho, Campo Grande, sempre das 9h às 21h.

A atividade de estímulo ao empreendedorismo e cultura integra a programação do Festival da Primavera, que acontece até o dia 29 em vários pontos de Salvador. Nesta edição, a novidade é o “Corredor de Cerâmica”, uma ala com cerca de 50 expositores que ofertam peças produzidas em Maragogipinho, distrito do município de Aratuípe, no Recôncavo.

Depois de percorrer 90 km de Maragogipinho a Salvador, o oleiro Roque Santos, 45 anos, e a esposa Luciane Santos, de mesma idade, apostam no aquecimento do comércio no final de semana. “Vamos vender muitas peças aqui”, disse o artesão, que participa da feira pela primeira vez. No estande instalado no “Corredor de Cerâmica”, há diversas peças feitas do material. Vasos para plantas, imagens decorativas, luminárias de várias formas e tamanhos que chamam atenção pelos detalhes e cores. “Temos tudo para decoração. Quem passa por aqui com certeza leva alguma coisinha para enfeitar a casa”, garante Roque Santos.

Comércio primaveril – Nos espaços reservados à venda de flores e plantas, a Primavera já se anuncia. O aspecto exuberante das mudas de plantas é no mínimo convidativo. A diversidade também chama atenção de quem passa pelo local. São orquídeas, rosas, pés de alecrim, tomilho, orégano e as mais diversas plantas aromáticas e ornamentais. Para o dono do negócio, o floricultor Antônio de José, veterano no evento, a feira é uma ótima oportunidade. “Essa é uma época em que as plantas estão bonitas, vistosas. Montamos um estande que chama atenção pela beleza e isso atrai o público”, frisa o comerciante.

Moradora da Corredor da Vitória, a aposentada e também artesã Ana Araújo, 71 anos, aproveitou a feira para comprar lembranças que levará para amigos no exterior. Nas compras, artigos como canetas ornamentadas com fuxico, imãs de geladeira e pegadores de recados decorados. “Aproveitei para comprar uns presentinhos com a cara da Bahia que levarei para amigos de fora. Sempre venho para essas feirinhas. Esse espaço aqui é ótimo. É muito importante ofertar oportunidade para os artesãos, afinal há quem viva apenas da atividade”.

Artigos pet – O evento tem também espaço para o mercado pet, em especial para cães e gatos. No estande da artesã Regina Santos, há roupas, coleiras, tigelas, acessórios e até camas para os bichanos. “É um mercado que tem crescido muito. Estou vindo pela segunda vez e acho que esse ano será ainda melhor”, diz a comerciante, ressaltando o espaço onde a feira acontece favorece o segmento do seu negócio. “Muita gente passeia por aqui com os animais e tenho certeza que receberemos muitos clientes e seus animais de estimação”, comenta ela, enquanto organizava os artigos.

Além da oferta de produtos, a programação contempla apresentações culturais, a partir das 16h. Na programação, muita música e manifestações como samba de roda. No aspecto gastronômico, além dos pratos tradicionais, bolos e doces típicos, o evento também conta com delícias regionais, a exemplo da maniçoba, e estandes especializados com opções e variações para adeptos da culinária vegana. Também há espaço para o aprendizado do artesanato. Estão sendo realizadas oficinas de artes abertas ao público, através do Projeto Adaba Jovem Aprendiz, onde crianças e adultos interessados podem aprender a produzir peças.

Oportunidade – A feira é um evento solidário, que garante oportunidade para que os artistas baianos comercializem seus produtos. “O objetivo da feira é defender e valorizar os artesãos baianos, trazendo o interior para capital e dando oportunidade para que o trabalho desses profissionais seja mostrado, resgatando a cultura popular. Temos representantes de 15 municípios”, afirma João Duran, coordenador-geral da Associação dos Artesões da Bahia. Foto: Jefferson Peixto/Secom

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