Salvador defende a ministros papel das cidades na preservação do meio ambiente

Durante a realização da mesa “Segmento Ministerial: Rumo à COP 25 e Esforços para Alcançar os Objetivos do Acordo de Paris”, nesta quinta-feira (22), o prefeito ACM Neto defendeu a importância do papel das cidades na realização das ações de sustentabilidade e preservação do meio ambiente, mostrando como exemplo os esforços promovidos nesse tema pela capital baiana nos últimos seis anos e meio. A atividade abriu o quarto dia de programação da Semana do Clima para a América Latina e Caribe, realizada pela ONU com apoio da Prefeitura no Salvador Hall, na Avenida Luis Viana (Paralela).

Mediado pelo diretor sênior de Políticas e Coordenação de Programas de Mudança Climática da ONU, Martin Frick, o painel teve ainda a presença dos ministros da Guatemala, Alfonso Alonzo; da Nicarágua, Juana Sandoval; do Chile, Carolina Schmidt; e da Argentina, Sergio Bergman; além do embaixador mexicano Luis Alfonso de Alba; do diretor da UNEP DTU Partnership, John M. Christensen; e do gerente nacional de Operações Banco Mundial no Brasil, Renato Nardello.

No discurso, ACM Neto relembrou a reflexão apresentada esta semana no evento para que o planeta esteja mais equilibrado e com os recursos naturais preservados: pensar global e agir local. “As políticas públicas estão muito vinculadas ao poder municipal. Não podemos desconsiderar a questão social da América Latina, que possui uma pobreza intensa nos grandes centros urbanos, e essa desigualdade social deve ser vista como uma oportunidade de reparação. Os desafios são muito grandes, mas quando se tem vontade política, decisão de fazer e capacidade de mobilizar as pessoas, é possível fazer sim”, afirmou.

Salvador foi mostrada pelo prefeito como uma mostra do poder das cidades na mitigação dos efeitos das mudanças climáticas. Para enfrentar situações como as ocupações irregulares pela população pobre, principalmente nas áreas de risco, os efeitos das mudanças climáticas como aumento da temperatura e do nível dos oceanos e as fortes chuvas, foi promovido um conjunto de ações nos últimos seis anos e meio que envolveram políticas públicas, investimentos e mobilização da população.

Dentre essas ações estão a construção da Estratégia de Resiliência, a reestruturação da Defesa Civil e a construção do Plano de Mitigação contra as Mudanças Climáticas, tudo isso com a mobilização da população. “Procuramos trabalhar com planejamento, deixar o improviso de lado e olhar a médio e longo prazo. Desenhamos um planejamento estratégico que tem como uma das ações construir uma cidade resiliente e preparada para essas mudanças. Associamos todas as ações à mobilização das comunidades, pois as pessoas também precisam ser envolvidas nesse processo”, afirmou ACM Neto.

Transporte público – O gestor municipal ainda destacou um problema que precisa estar no centro das discussões sobre meio ambiente: o transporte público. “O ideal para as cidades é, em 2050, neutralizar a emissão de carbono e essas cidades dependem de ônibus, que emitem carbono. Essas cidades precisam de suporte e financiamento para renovar a frota. É um assunto que precisa entrar em debate dos governos nacionais, com integração das diversas esferas de poder, uma atuação conjunta que envolva poder executivo e parlamento. E as ações não podem ser vinculadas a apenas um governo, devem políticas públicas permanentes”, concluiu.

Na ocasião, também foi apresentada a Declaração dos Ministros de Meio Ambiente do Mercosul em relação à Semana do Clima da América Latina e do Caribe. O documento destaca que os países da região têm atuado para adaptar e mitigar a mudança do clima, além de contribuir para o aumento da temperatura média global.

Plantio – Logo após o painel, o prefeito ACM Neto ainda participou do plantio de mudas de sibipiruna e quaresmeira no Salvador Hall. A ação foi acompanhada pelo ministro argentino Sergio Bergman, do secretário de Sustentabilidade, Inovação e Resiliência (Secis), André Fraga e demais gestores, além de alunos da Escola Municipal Marcos Vinicius Vilaça, que são embaixadores da ONG alemã Plant-for-the-Planet Brasil. Foto: Max Haack/Secom

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