Câmara Itinerante ouviu demandas da comunidade da região de Itapuã

Questões ambientais, deficiências na prestação de serviços de saúde e educação e a inadequação do Projeto de Requalificação da Orla foram alguns dos temas apresentados na sessão da Câmara Itinerante por líderes comunitários da região de Itapuã, na tarde desta segunda-feira (19), no Colégio Estadual Rotary. Diante de manifestação de dezenas de motoristas de aplicativos, reivindicando alterações no projeto e regulamentação do sistema de transporte, o presidente Geraldo Júnior (SD) agendou para esta terça-feira (20), às 11h, no Salão Nobre da Câmara Municipal, reunião com a categoria.

“Receberemos uma comissão dos motoristas amanhã, para que tenham tranquilidade para voltar ao trabalho. No nosso processo de discussão do projeto estamos dando respeito, voz e vez tanto aos motoristas de aplicativos quanto aos taxistas, mas desde que não sejam levados por uma situação politiqueira. Somos amigos da democracia e inimigos da balbúrdia”, declarou Geraldo Júnior.

As comissões de Finanças e Orçamento e de Transportes também se reuniram antes da sessão ordinária e convocaram nova reunião conjunta para terça-feira (20), às 13h, para discutir o relatório e as emendas ao projeto do Executivo que tramita na Casa. O presidente do colegiado de Finanças, vereador Joceval Rodrigues (Cidadania), garantiu a presença de dois representantes de cada segmento envolvido (motoristas, empresas operadoras e taxistas).

Elefante branco

Além do presidente, integraram a mesa que dirigiu a sessão os vereadores Suíca (PT), coordenador do Câmara Itinerante; Edvaldo Brito (PSD), procurador parlamentar; Aladilce Souza (PCdoB), ouvidora; e Marta Rodrigues (PT), diretora da Escola do Legislativo.

Todos os oradores parabenizaram a Câmara pela iniciativa de ir às comunidades ouvir as demandas dos moradores. Eric Pereira, do site Itapuã City, classificou como da maior importância “esse momento de aproximação” e pediu visitas dos vereadores à UPA de Itapuã e às unidades escolares do bairro. Clayton Soares, da Associação a Voz da Fé, reivindicou melhorias para o setor de saúde na região da Boca do Rio.

Alexsandro Campos, do projeto Fala Negão, destacou a carência da região da Baixa da Soronha e o abandono da Lagoa do Abaeté, que classificou como “muito conhecida, mas esquecida”. Melhorias para a Baixa da Soronha também foram defendidas por Leonardo Santos, da Associação de Amigos e Moradores da Soronha, e por Bárbara Bispo. “Quero agradecer ao presidente Geraldo Júnior pelos benefícios que conseguiu para a nossa área, que é muito carente”, frisou Bárbara, que falou também da necessidade de melhorar a iluminação da Ladeira do Abaeté.

A presidente da Associação Stella4Praias, Clarice Bagrichevsky, solicitou a intermediação do Legislativo para que os órgãos municipais, especialmente a Sedur, atendam às demandas dos moradores do bairro de Stella Maris. Entre as principais reivindicações de um dossiê que entregará em breve à Câmara, citou a necessidade de uma escola de período integral, com creche, em um amplo terreno do Município.

Luciana Leal, do Movimento Sem Teto, pediu projetos habitacionais e uma escola municipal, da 1ª à 4ª série, para Mussurunga II. Raimundo Bujão, da Associação de Moradores de Itapuã, falou da falta de democracia na discussão do Projeto de Requalificação da Orla, que segundo ele não teve a participação dos moradores na sua concepção. Além disso, denunciou que o Mercado de Itapuã, que funcionava 24 horas, transformou-se “num elefante branco, que fecha às 18h”.

Falaram ainda Diarival Mendonça, do Fórum de Desenvolvimento Sustentável (Agenda 21 de Itapuã), que reclamou dos “valores irrisórios” para educação ambiental e coleta seletiva de lixo; José Hamilton Gonçalves, da Associação dos Comerciantes do Largo Quem Diria, que agradeceu ao vereador Paulo Magalhães (PV) por melhorias; e Lavínia Bonsucesso, do Fórum Permanente de Itapuã, que também apontou a perda de características do bairro, devido a “obras urbanísticas homogeneizadas.

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