Rua Ruy Barbosa e sua história pulsante – Por Fagna Santos*

Aos passantes do Centro Histórico, um minuto da sua atenção: você conhece a rua Ruy Barbosa?

Um lugar que por si só retrata a história da nossa cidade e a vida em épocas áureas. De prédios baixos, a rua se tornou um verdadeiro celeiro cultural que disputa espaço com o setor legislativo de Salvador. Nela disputa-se espaço pra estacionar um carro e até mesmo pra transitar como pedestre. É uma rua literalmente estreita.

Situada no Centro Histórico, mais precisamente na lateral do hotel Fasano. Eu lhe aconselho iniciar o passeio apreciando a paisagem da Praça Castro Alves, ponto de encontro dos trios e dos passantes apressados.

No início da rua você vai encontrar uma das mais antigas farmácias homeopáticas da cidade. Aprecie sua bela e ancestral mobília que sobrevive até os dias de hoje. Imagine você, quantas histórias que seu proprietário guarda? Outra hora eu te conto!

Mas, se você se permitir, vai encontrar um hotel com fachada em azulejos português. Aproveita e faz uma foto bacana por lá e manda pra nós 😉.

Por ali também, você vai encontrar os dois sebos mais antigos da cidade – são lojas de livros usados e conservados. De um lado o São José te convida para fazer parte de toda sua bagagem literária. Do outro fica o Brandão com mais de 500 mil exemplares de livros, há mais de 50 anos fazendo e vendendo história. O lugar é encantador, uma verdadeira imersão cultural.

Mas se bater fome, fique tranquilo. A rua abriga restaurantes e lanchonetes com preços acessíveis e comida gostosa.

Siga seu passeio entrando em um dos vários antiquários da rua. Se encante com a decoração e detalhes de antigamente. Certamente você será remetido ao passado e quem sabe encontrará algo que tinha na casa de sua vó.

Por último, e não menos importante, fica a casa do ilustre morador que empresta seu nome a rua, Ruy Barbosa. Isso mesmo, o polímata brasileiro! Um dos intelectuais mais brilhantes do seu tempo. É uma pena que a casa/museu permanece fechada pra uma reforma que insiste em demorar pra sair do papel.

No percorrer de sua andada, atente para as fachadas dos edifícios, observe os becos que se apresentam entre um casarão e outro, aguce em você a vontade de viver nossas histórias.

*Eu sou @fagnasantos, jornalista, vivendo e compartilhando um pouquinho da cidade com você.

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