Reduzir o índice de mortes de mulheres na Bahia, não é uma tarefa fácil. Apesar dos avanços, através de instrumentos, como a Lei Maria da Penha e empenho da Secretaria da Segurança Pública da Bahia (SSP) os números divulgados pela pasta deixam evidente que ainda tem muito a se fazer para reduzir a quantidade de feminicídos no estado.
No primeiro semestre de 2018 foram registradas 41 ocorrências. No mesmo período deste ano, o número de vítimas passou para 48, ou seja, um aumento de 17%. Vale lembrar que, atualmente, apenas 15 dos 417 municípios da Bahia tem uma Delegacia Especial de Atendimento à Mulher (Deam).
A vereadora Ireuda Silva, presidente da Comissão de Defesa dos Direitos da Mulher e Assistência Social e vice-presidente da Comissão de Reparação, reconhece a importância da Lei Maria da Penha no combate a violência contra a mulher. Porém, segundo a parlamentar, os números da violência ainda são alarmantes. “Quando analisamos os números de requerimentos de medidas protetivas de urgência, medidas deferidas pelo Poder Judiciário, as políticas de proteção realizadas com base na Lei, percebemos que o número de feminicídios consumados ainda é alto e indesejável”, lamenta a vereadora.
A parlamentar cobra uma solução para o problema e ressalta a necessidade de se criar ações afirmativas em favor da mulher. “É necessário solucionar, acabar com o feminicidio e criar politicas públicas para que o combate a violência contra a mulher seja o assunto de interesse de toda sociedade”, finalizou.
