O ministro da Justiça e da Segurança Pública, Sergio Moro, participou, nesta segunda-feira (01/07), da Aula Inaugural dos cursos de formação de Delegados de Polícia Federal, Peritos Criminais Federais, Agentes de Polícia Federal, Escrivães de Polícia Federal e Papiloscopistas Policiais Federais, na Academia Nacional de Polícia, em Brasília.
O ministro falou diretamente aos alunos e ressaltou o peso de assumir um cargo numa das instituições mais prestigiadas na sociedade brasileira. “Para nós, importa muito repor os quadros existentes no âmbito da Polícia Federal, mas as senhoras e senhores têm de ter paciência, têm que aproveitar esse período do curso não só porque vão ser testados, mas igualmente para realizar o aprendizado devido para esta função de excelência, que é ingressar nos quadros da PF”, disse aos presentes.
O ministro comentou sobre a importância da instituição e disse que ela está acima de governos. “A Polícia Federal se encontra na estrutura de governo no âmbito do Ministério da Justiça e da Segurança Pública, mas é inegável que a PF tem, além de um estatuto legal que lhe outorga autonomia e independência, (…) uma independência e autonomia que vão além até do próprio estatuto legal. Os governos passam, os governantes passam, as instituições permanecem”, disse o ministro.
A presidente do Sindicato dos Delegados de Polícia Federal de São Paulo (SINPF-SP) e diretora regional da Associação Nacional dos Delegados de Polícia Federal (ADPF), Tania Prado, ressalta a importância de repor os quadros da instituição: “A Polícia Federal enfrenta um deficit de 4 mil policiais em todo país, razão pela qual há necessidade de abertura urgente de novo concurso para preenchimento das vagas remanescentes, o que dependerá de decisão do governo, afinal, a PF não possui autonomia funcional, administrativa, nem orçamentária”, afirmou.
O ministro falou sobre o importante papel desempenhado pela instituição no combate ao crime organizado. “A Polícia Federal tem um papel importante no desmantelamento dessas organizações criminosas, claro que, eventualmente, em conexão com as polícias locais, mas é ela que tem a habilidade e os instrumentos de investigação necessários para realizar bons casos criminais que resultem em condenações pesadas contra essas gangues de criminosos”, disse.
