Swing – Por Juliana de Oliveira*

Havia um homem que sempre me chamava para ir a uma casa de swing. Mas, não era qualquer homem. Era um que me acompanhara a muito tempo, mais velho e experiente.
Me desejava, cortejava e fazia todas as investidas possíveis.
Até o dia, que eu cedi.
Nesse dia, estava nervosa e ansiosa pela nova experiência que se aproximava, porém nunca fui santa e sabia exatamente como ir.
Salto, vestido provocante, cabelos soltos, perfume, baton vermelho e sem calcinha.
Entrei no carro, abrindo as pernas para entrar e as cruzando para sentar. Ele percebeu e minutos depois, estava excitado, sem ao menos me tocar, ele já havia me comido com os olhos.
Chegamos ao lugar, casais nos cantos, sussurros e sorrisos. Ambiente com um clima completamente sensual. Todos se olhavam, na expectativa de encontrar quem lhe agradasse. Um ritual típico.
Em um dado momento, subimos para conhecer os quartos. Nas paredes, haviam casais abraçados, outros se abraçando, alguns se beijando e outros somente observando.
Então, entrei! Abracei meu par e o beijei e de repente, senti uma mão na minha perna direita. Mão grossa e forte, na outra, uma mão mais macia e toque suave.
Era uma mulher. Percebi algo diferente, as mulheres do quarto me desejavam, como um pote de doce, pronto para apreciar.
Então, fui tomada do meu parceiro por uma delas, que me jogara na cama iniciava seu deslize. Outras pessoas em volta, observando e admirando aquele momento de prazer. Outros participando a sua maneira e meu parceiro, tomou-a por trás, com força.
Gozei como nunca havia gozado. Beijando uma, sendo acariciada por outra, penetrada por um e sendo mordida por outro. Haviam vários! Estava em completo descontrole dos meus sentidos, inebriada de prazer, tomada pelo desejo.
Fui feliz! E, quero mais.
Saudades, swing.

*Juliana de Oliveira é psicóloga, apresentadora do programa Revista Dinâmica ( Rádio Hoje Brasil) e colunista do portal Repórter Hoje
Instagram: @eujulianadeoliveira

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