Maia anuncia agenda conjunta com o Senado para reestruturar o Estado

O presidente da Câmara dos Deputados, Rodrigo Maia, disse nesta sexta-feira (17) que irá trabalhar com os líderes partidários e o presidente do Senado, Davi Alcolumbre, para apresentar nas próximas semanas uma agenda voltada para a reestruturação do Estado brasileiro e medidas de curto prazo para estimular o aquecimento da economia.

“Nós vamos deixar bem claro para a sociedade, vamos fazer juntos, que a Câmara e o Senado terão uma agenda muito racional, muito objetiva de reestruturação do Estado brasileiro, e vamos fazer isso junto com o ministro Paulo Guedes”.

Maia encontrou o ministro da Economia, Paulo Guedes, durante encontro organizado pela Câmara Brasileira da Indústria da Construção (CBIC), no Rio de Janeiro.

Segundo o presidente, os estudos de uma reforma administrativa já estão sendo analisados pela Câmara dos Deputados e devem ser apresentados em breve aos líderes para iniciar sua tramitação.

“Nós precisamos reestruturar a gestão pública no Brasil. O Estado brasileiro ficou caro. As carreiras típicas de Estado, os servidores da Câmara e do Judiciário, recebem 67% mais que o seu equivalente no setor privado. Nos estados, a média é 30%. Se nós, além da previdência, se nós não reorganizarmos a outra parte dos gastos públicos, não adianta nem a gente pensar em desvincular o orçamento. Porque desvincular o que? Se quase 100% do orçamento federal são despesas obrigatórias que a gente não pode cortar? Que aliás é o nosso problema para não investir em saúde e educação, não é o corte de gastos”.

Maia garantiu que não está falando contra os servidores públicos, e que nenhum direito será retirado de quem passou em concurso público, mas ele criticou as carreiras como estão montadas atualmente, com salários iniciais muito próximos do teto da própria carreira.

De acordo com Maia, não foram as dificuldades para aprovar a reforma da Previdência que levaram à redução das projeções do crescimento econômico. Ele considera que a reforma segue o cronograma dos trabalhos da Casa e deverá ser aprovada até julho na Câmara dos Deputados.(Ag. Câmara)

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