Primeira aula do Projeto Trans-Formação discute gênero e desigualdades

Pessoas transexuais, travestis e não-binárias de Salvador e região metropolitana participaram, na tarde desta quarta-feira (8), da primeira aula do curso do Projeto Trans-Formação, realizada no Casarão da Diversidade, espaço coordenado pela Secretaria de Justiça, Direitos Humanos e Desenvolvimento Social da Bahia (SJDHDS), no Pelourinho.

O primeiro encontro discutiu o tema ‘Gênero e Desigualdades’ com as (os) 23 participantes, que serão capacitadas (os) em políticas públicas e sociais para o empoderamento de pessoas T* ao longo de quatro meses. “Este curso da ONU estar acontecendo aqui hoje, num espaço de resistência e de luta, é fruto de um trabalho de décadas de várias pessoas LGBTs. O que queremos é ampliar a discussão junto a vocês, para pensarmos em políticas LGBTQI+ fora da caixinha, da capital ao interior da Bahia”, afirmou o coordenador do Núcleo LGBT da SJDHDS, Gabriel Teixeira.

A vice-presidente do Conselho Estadual LGBT, Thati Teylon, e Michele Dantas, do Escritório da ONU Brasil em Salvador, também participaram da abertura do encontro. No primeiro momento, as (os) presentes participaram de uma dinâmica sobre a importância de viver em coletividade, em que trouxeram, conjuntamente, expressões norteadoras para o curso, como ‘luta coletiva’, ‘respeito’, ‘união’ e ‘diálogo’.

Em seguida, a coordenadora executiva do Centro de Promoção e Defesa dos Direitos LGBT (CPDD), Symmy Larrat, suscitou debates a partir dos temas ‘patriarcado’ e ‘diversidade sexual e de gênero’. “Vozes como as nossas colocam em cheque todas as estruturas de poder. Em qualquer quadrado que estejamos, estaremos subvertendo, incomodando”, comentou.

Trans-formação

A iniciativa da ONU no Brasil, por meio da Campanha Livres & Iguais, tem apoio SJDHDS, por meio do CPDD, e do Ministério Público do Trabalho (MPT). O curso promoverá oficinas e atividades culturais através de dois eixos principais: ‘Pessoal’, que visa à promoção do empoderamento pessoal das (os) participantes, e ‘Comunitário’, a partir de conceitos como ‘participação social’ e ‘ativismo nas comunidades’.

O projeto, que ocorreu anteriormente em Brasília, conta ainda com o apoio da Associação Nacional de Travestis e Transexuais (Antra), Associação Brasileira de Lésbicas, Gays, Bissexuais, Travestis, Transexuais e Intersexos (ABGLT), Associação Baiana de Travestis, Transexuais e Transgêneros em Ação (Atração) e do Instituto Brasileiro de Transmasculinidades (Ibrat).

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