Fabíola Mansur realiza sessão especial em homenagem aos 67 anos da APLB

Em sessão especial que comemorou os 67 anos de luta da APLB-Sindicato, a deputada Fabíola Mansur (PSB), proponente da homenagem e presidente da Comissão de Educação da Assembleia Legislativa (ALBA), destacou a importância da entidade na defesa da democracia, na luta por um ensino público de qualidade e a valorização do professor. De acordo com a socialista, o sindicato obteve, desde a sua criação, em 1952, conquistas fundamentais para uma mudança de paradigma.

“A APLB enfrentou o regime militar, ampliou sua representação e conseguiu defender educação inclusiva por justiça social e igualdade. As vitórias da categoria na educação também são consideradas vitórias dos deputados que representam o segmento aqui na ALBA. Nós entendemos que educação é prioridade absoluta em um país que deseja se desenvolver”, afirmou a legisladora, em discurso de abertura da sessão, realizada na tarde desta quinta-feira (25), no auditório Jornalista Jorge Calmon.

Mansur também destacou a necessidade de mais investimentos para a qualificação do corpo docente da rede pública. Ela lembrou que a Bahia tem um dos piores índices educacionais do país. “Parte disso é pela grande vulnerabilidade social, desigualdade e pobreza. Nós temos que investir em capacitação dos professores, na melhoria da infraestrutura das escolas, na parceria e diálogo que a Secretaria de Educação tem intermediado entre educadores e Governo, para a gente melhorar esses índices e, consequentemente, a educação da Bahia”, disse.

Esta foi a segunda vez que, a pedido da deputada, o Parlamento baiano homenageou a categoria. Diretor da APLB há 12 anos, o professor Rui Oliveira afirmou que a entidade é uma marca reconhecida de luta e resistência. Oliveira destacou ainda que no cenário político atual as atenções da categoria estão direcionadas para a reforma da Previdência.

“Um professor se aposenta hoje com 25 anos de regência e 50 de idade. Mas se a proposta do Governo Federal passar, ela vai se aposentar com 60% do vencimento ou, para alcançar o teto, vai ter que passar 40 anos contribuindo. De dois milhões e meio de professores da educação básica no Brasil, por exemplo, 2,1 milhões serão totalmente prejudicados. A reforma da Previdência só vai ajudar banqueiro e o grande capital”, afirmou Rui.

De acordo com Rui Oliveira, a Bahia conta com cerca de 140 mil professores, atuando na capital e interior, que desfrutam de direitos conquistados ao longo dos 67 anos de fundação da APLB. “A APLB é uma das maiores entidades sindicais da área de educação, com mais de cem mil filiados, estruturada em todos os municípios da Bahia. Conseguimos, na luta, que todo professor tenha que ter nível superior; conseguimos que o professor passasse a ter piso salarial, plano de carreira e gestão, plano de saúde, entre muitos outros benefícios, e a reforma previdenciária, se for aprovada do jeito que está, vai impactar negativamente em muitos direitos garantidos”, pontuou.

A APLB Sindicato tem história de luta. Inicialmente era uma associação, pois no funcionalismo público não era permitida a formação de sindicatos. Somente com a Constituição Federal de 1988 que a APLB passou a integrar o movimento sindical, sendo o primeiro na Bahia e um dos pioneiros no Brasil. Toda a história de luta, que contribuiu com melhorias para a docência em escolas públicas, foi aplaudida pelo público presente. Durante a sessão especial, muitos profissionais da educação foram homenageados, entre eles o próprio Rui Oliveira e a vice-coordenadora da entidade, Marilene Betros.

Para Betros, o reconhecimento renova as forças por novas lutas em prol da sociedade. “É com muito orgulho e emoção que a gente comemora mais um aniversário desta entidade que tem no seu DNA a marca da luta. Nós somos trabalhadores e trabalhadoras da educação, que deve ser a mola propulsora do desenvolvimento de qualquer nação, estado e município. Estar na APLB é algo grandioso para mim, tanto do ponto de vista pessoal quanto do ponto de vista profissional. Sou professora com muito orgulho”, afirmou.

Além dos citados, participaram do evento o secretário estadual do Trabalho, Emprego, Renda e Esporte (Setre), Davidson Magalhães; o coordenador de relações trabalhistas da Secretaria Estadual da Administração (Saeb), Diogo Araponga; o presidente da CTB, Pascoal Carneiro; superintendente de Recursos Humanos da Secretaria de Educação (SEC), Maria do Rosário; vereador do PC do B de Santo Estevão, Cristiano Pereira Rodrigues; a professora, Célia Oliva; vice-presidente estadual do PT, Martiniano Costa; e o representante da Secretaria de Relações Institucionais (Serin), Marivaldo Dias.

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