Transalvador e motociclistas discutem estratégias de redução de acidentes

Quando o assunto é a redução de mortes ocasionadas em acidentes de trânsito, Salvador se destaca. De 2010 a 2017, a capital baiana diminuiu em 51% os registros de óbitos, superando a meta das Organizações das Nações Unidas (ONU), que previa a redução de 50%. Em 2017, 121 pessoas foram vitimadas. Já no ano passado estão sendo consolidados pela Transalvador e serão divulgados até o mês que vem.

Embora haja uma queda considerável, a Superintendência de Trânsito do Salvador (Transalvador) se empenha para que as taxas sejam ainda menores. Com intuito de trocar experiências e discutir ações para ajudar a reduzir os acidentes com motociclistas, representantes do órgão estiveram reunidos com dirigentes de motoclubes, na sede da Transalvador, no Barris, nesta quinta-feira (4).

Para o superintendente da Transalvador, Fabrizzio Müller, o engajamento com os motociclistas é fundamental para discutir as questões do trânsito, em especial os acidentes que envolvem os condutores dos veículos motorizados sob duas rodas. “O objetivo deste encontro é fazer com que os dirigentes dos motoclubes tragam propostas para que possamos construir juntos um trânsito mais seguro e ajudar na redução de acidentes envolvendo motociclistas”, frisou Müller.

Durante o bate-papo, o superintendente fez questão de pontuar que a Transalvador tem uma preocupação especial com esse tipo de condutor. “Queremos também alertar sobre os riscos que eles se submetem diariamente. Há uma preocupação da Transalvador com esse público, pois, apesar da redução anual do número de acidentes gerais, a quantidade de episódios com motociclistas vem aumentando, o que não acontece somente em Salvador, mas é uma tendência que tem se percebido em várias cidades do mundo”, disse Müller, que recentemente visitou Bogotá, na Colômbia, onde os índices de desse tipo de ocorrência também têm crescido.

Entre os representantes de motociclistas estava Eric Heleno, 43 anos, que faz parte do Motoclube Primatas e Tais. Na opinião dele, o convite da Transalvador para discutir estratégias de redução de acidentes foi muito oportuno. “Nós estamos na rua, fazemos parte do trânsito, entendemos um pouco do comportamento do motociclista e podemos contribuir com essa nossa vivência”, assinalou.

Maio Amarelo – O tema do Maio Amarelo, mês de eventos em alusão a redução aos acidentes de trânsito, também foi debatido durante o encontro. De acordo com o superintendente, o objetivo é fazer uma ação direcionada para a redução de acidentes com os motociclistas. “Vamos trabalhar com a Secretaria de Comunicação com uma ampla campanha publicitária, mas queremos mais que isso. Precisamos tocar mais profundamente os motociclistas, por meio de palestras com médicos, para falar das consequências, muitas vezes graves, de acidentes com moto, além de adotar outras abordagens que mostrem a gravidade desses episódios no trânsito”, afirma Fabrizzio Müller.

Além do superintendente, também participaram do encontro a gerente de Educação para o Trânsito, Miriam Bastos, e o chefe de gabinete, Fernando Coelho Pinto. “Esse encontro é o pontapé inicial para sensibilizar vocês para que multipliquem as informações, em especial, para os motociclistas mais jovens. A ideia é que cada um faça um pouquinho e, juntos, possamos buscar soluções que reduzam o número de acidentes com motociclistas”, disse Bastos.

O encontro foi primeiro de alguns que deverão acontecer antes do fórum que será realizado em decorrência do Maio Amarelo, que é um movimento internacional de mobilização e conscientização para redução de acidentes e mortes no trânsito. A data do fórum ainda será definida.

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