Irmãos Macêdo relembram velhos carnavais agora na Praça Castro Alves

“A Praça Castro Alves é do povo, como o céu é do avião”. Tradição que é tradição não perde o posto nunca. Palco dos grandes encontros de trios nos anos 1970, com a presença dos novos baianos Caetano Veloso, Baby do Brasil, Pepeu Gomes e tantos outros artistas, a Prefeitura escolheu a praça do poeta para abrigar, pelo terceiro ano, o projeto Pôr do Sol, que hoje (04) recebe um show, em cima do trio, dos Irmãos Macedo.

A bordo do trio elétrico Armandinho, Dodô & Osmar, os irmãos Armandinho, Betinho, Aroldo e André Macêdo transformam a Praça Castro Alves num verdadeiro baile com clássicos carnavalescos, em apresentação que acontece agora, tendo iniciado às 18h.

Num clima de antigos carnavais, eles relembram os sucessos da carreira, com a pegada “trieletrizada” já conhecida do grupo. À medida que o sol baixava, uma multidão se concentrava na praça, dançando ao som de sucessos como “Chame Gente”.

O grupo também pretende apresentar música nova na folia deste ano: “Carnaval na Babilônia”, de Aroldo Macedo e Maria Vasco. A canção, com sonoridade marcante dos Irmãos Macedo, traz a história de um rei que baixa uma medida provisória em que todos os seus súditos são liberados para sonhar.

Emblemático – De acordo com o presidente da Saltur, Isaac Edington, o projeto tem como objetivo levar as pessoas novamente “a um dos locais mais emblemáticos do nosso Carnaval”. “A Praça Castro Alves tem uma das vistas mais lindas de Salvador e o espaço ao mesmo tempo tem uma simbologia grande pro Carnaval. Então, esse ano voltamos a repetir o sucesso dessa ação com esses artistas maravilhosos”, disse.

O instrumentista Armandinho falou um pouco da apresentação antes do show começar. “A Praça Castro Alves é palco de grandes momentos, de encontros de trio, tem uma historia muito bacana. Eu acho que as guitarras baianas e nossa sonoridade vai mostrar isso, trazendo muitas lembranças”.

Defensor do Carnaval sem cordas, o artista aplaude a iniciativa de democratizar o acesso do público aos diversos artistas. “O trio elétrico nasceu sem cordas. Essa tradição a gente mantém até hoje e fico feliz e contente em ver que outros trios estão aderindo a esse movimento, pois o Carnaval foi feito paro povo. Então, para que corda? A Pipoca é que está com a corda toda”, afirmou.

Clima familiar – O clima familiar imperou na apresentação. Famílias, amigos, grupos curtiam e cantam junto com os irmãos. O paraibano Arthur Navarro curtia ao lado da esposa Germana. “Sempre venho ao Carnaval e tiro um dia pra ver Armandinho. Sou fã. Faço a programação do meu Carnaval sempre guardando um tempo pra ver eles. Muito bom ver a Prefeitura valorizando a Castro Alves”, disse Navarro.

A professora aposentada Dilka Gramacho, 84 anos, curtia a festa com a vizinha Rosangela. “Todo ano venho ver o Carnaval e adoro Armandinho. Está muito calmo, muito bom”, afirmou. Para ela, o resgate da Castro Alves dá oportunidade de brincar perto do trio. “Está maravilhoso e quero mais”, concluiu.

Programação – A programação na Praça Castro Alves se encerra nesta terça-feira (5), com Moraes Moreira. Também se apresentam Márcia Short, Elaine Fernandes e Katia Guimma.

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