Estado inaugura duas classes hospitalares no bairro de Cajazeiras

Com o objetivo de garantir o acesso à educação para estudantes que estão fazendo tratamento e não podem deixar o ambiente médico, a Secretaria da Educação do Estado inaugurou, nesta quarta-feira (20), duas classes hospitalares nos hospitais Eládio Lassere e Instituto Couto Maia, ambos no bairro de Cajazeiras, em Salvador, beneficiando mensalmente uma média de 400 estudantes. A inauguração contou com a presença do secretário Fábio Vilas-Boas e outros representantes do Estado.

Internada há um mês para tratar de uma doença, Laizier Rocha comemorou a possibilidade de continuar estudando. “Eu tinha me matriculado, mas tive uma recaída e infelizmente precisei voltar ao internamento. Eu fiquei tão feliz de descobrir hoje que vou poder continuar estudando. Esse ambiente é pesado e mentalmente muito cansativo, estava precisando ocupar minha mente com algo positivo. Acho que essa modalidade vai ser fundamental para outras pessoas numa situação como a minha”.

Na capital, também já está em funcionamento a Classe Hospitalar do Hospital Geral Roberto Santos, inaugurada em junho de 2018. A iniciativa faz parte do Serviço de Atendimento à Rede em Ambiências Hospitalares e Domiciliares (SARAHDO), que já beneficiou 2.182 estudantes em Salvador, Ilhéus, Itabuna e Feira de Santana. O programa leva professores da rede estadual para dar aulas dentro dos hospitais, possibilitando que os alunos continuem os seus estudos. O projeto também atende em domicílio aqueles estudantes que, igualmente, estão impedidos de frequentar a escola.

Para o secretário estadual da Educação, Jerônimo Rodrigues, a “modalidade busca atender as necessidades específicas desses alunos, porque não podemos trabalhar com a mesma lógica de uma sala de aula. Para obtermos resultados eficientes, precisamos respeitar as especificidades que encontramos aqui com um tempo de aula mais adequado, diferentes formas de abordagem e acompanhamento. São alunos que precisam de um atendimento especial, para isso buscamos uma parceria muito bem alinhada entre nossos professores e os hospitais que nos recebem, oferecendo todas as condições para que os estudantes não se desliguem da escola mesmo durante o tratamento”.

Além de garantir o direito à educação dos pacientes, a iniciativa também ajuda no tratamento, como explica o diretor do Hospital Eládio Lassere, Fábio Renan. “É muito importante para os pacientes porque, em muitos casos, além dos sintomas das doenças que possuem, eles somatizam preocupações e debilitações psicossomáticas que atrasam a recuperação. Iniciativas assim melhoram e muito o tratamento e o resultado a gente consegue perceber claramente com a diminuição significativa no tempo de tratamento”.

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