Ação na Estação da Lapa atende mulheres vítimas de violência

Até o próximo dia 31, as mulheres que passarem pela área de alimentação da Estação da Lapa poderão conferir um estande montado pela Secretaria Municipal de Políticas para Mulheres, Infância e Juventude (SPMJ). A estrutura atende a mulheres que já sofreram algum tipo violência, com orientação e encaminhamento das vítimas para atendimentos psicossociais e jurídicos. A ação faz parte da campanha Outubro Rosa, organizada pela SPMJ, que tem como objetivo alertar as mulheres sobre a prevenção contra o câncer de mama e, também, conscientizar sobre a garantia dos direitos.

Diante do triste cenário de violência contra a mulher, o medo muitas vezes impede o público feminino de denunciar ou procurar alguém para conversar. “Essa é uma ação muito importante, pois essas mulheres chegam ao estande, vê outras mulheres na mesma situação e acabam sendo encorajadas a procurar ajuda”, aponta a estudante Talassa Regina, de 30 anos.

A vendedora Débora Gomes, 20 anos, conta que conhece algumas mulheres que já sofreram violência e defende a importância dessa ideia. “Sei que muitas delas acabam sofrendo transtornos e até entrando em depressão. Essa é uma grande ação que ajuda essas mulheres fisicamente e psicologicamente, podendo salvar muitas vidas”, afirma. Ela ainda destaca a importância da educação para combater o problema. “Se você ensina a seu filho, desde pequeno, a respeitar o outro independente de sexualidade, cor ou religião, ele se torna um ser humano melhor”, finaliza.

A iniciativa da SPMJ na Lapa também tem atraído a atenção dos homens. “A violência é um mal impregnado desde as nossas raízes. Querer impor seu desejo sobre outra pessoa é inaceitável, e isso tem que ser mudado. Uma base familiar e uma cultura mais sólidas, com certeza, contribuiriam para essa mudança, além de um maior investimento dos nossos governantes”, defende o músico Fernando Luís, de 29 anos.

A secretária da SPMJ, Cristina Argiles, conta que muitas mulheres nem sabem que estão sofrendo violência e acabam convivendo com essa situação por muitos anos. “Empoderar essas mulheres de informações são essenciais para que elas possam ter consciência dos seus direitos, buscá-los da maneira correta e mudar de vida”, sentencia.

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