Mortes no trânsito caem mais da metade e Salvador atinge meta da ONU

O número de mortes por acidentes de trânsito caiu 51% em Salvador, entre 2012 e 2017. Levantamento da Superintendência de Trânsito de Salvador (Transalvador) mostra que, em 2012, foram registrados 247 óbitos nas vias, contra 120 em 2017. Com a redução, a capital baiana atinge, três anos antes, a meta estabelecida pela Organização das Nações Unidas (ONU) para a Década de Ação pela Segurança no Trânsito (2011-2020), de diminuição de mortes em 50%, até 2020.

De acordo com superintendente da Transalvador, Fabrizzio Muller, estão sendo considerados apenas índices alcançados desde a implantação do Programa de Redução de Acidentes de Trânsito. Houve ainda queda de 37% do total de acidentes contabilizados com vítimas – mortas e feridas, se comparado ao mesmo período: em 2012, foram 6.827 e, no ano passado, 4.277. Não foi diferente com o número de pessoas feridas, que apresentou diminuição de 25% entre 2012 (6.962) e 2017 (5.023).

Como resultado, houve ainda a redução de mortes por 100 mil habitantes, índice utilizado mundialmente, passando de 9,11, em 2012, para 4,06 em 2017. Toda essa redução acontece a despeito do aumento da frota de veículos da cidade, que subiu de cerca de 820 mil veículos para quase 960 mil no mesmo período.

Projeto Vida – Fabrizzio Muller atribui o resultado positivo não apenas ao endurecimento da fiscalização do órgão como também à execução de ações que foram traçadas após implantação do Comitê Gestor de Projeto Vida no Trânsito, instituído pela Prefeitura desde 2013. A composição desse grupo envolve articulação entre o setor de saúde e diferentes órgãos municipais e estaduais voltados ao controle e à educação para o trânsito e transportes terrestres. A finalidade é analisar os fatores contributivos para a ocorrência dos acidentes de trânsito com morte e lesões graves no município.

“Foram traçadas diretrizes para tornar o trânsito da cidade mais seguro. Isso também envolve o fortalecimento dos nossos setores de engenharia e projeto, com o desenvolvimento de ações para readequação viária, sinalização, colocação de barreiras e guard-rails, além de iniciativas de educação para o trânsito”, pontua Muller. Outro fator apontado é a mudança comportamental dos motoristas soteropolitanos a cada ano. “As pessoas veem que na cidade há regras, que existe fiscalização. A partir disso, começa a surgir uma cultura de respeito à legislação de trânsito”, acrescenta.

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