“Até quando seremos o quinto país que mais mata mulheres no mundo?”, questiona Ireuda

No início do mês em que se comemora o Dia Internacional da Mulher (8 de março), a vereadora Ireuda Silva (PRB) acredita que, nos próximos 30 dias, a sociedade brasileira precisa reafirmar o compromisso de promover a igualdade e lutar contra o desrespeito e a violência contra a mulher. Nesse quesito, a republicana pede especial atenção aos casos de feminicídio que mancharam de sangue as páginas dos noticiários em 2017.

Segundo dados da Organização Mundial da Saúde (OMS), a taxa de feminicídios no Brasil é a quinta maior do mundo, com um número de assassinatos que chega a 4,8 para cada 100 mil mulheres. Além disso, o Mapa da Violência de 2015 mostrou que, entre 1980 e 2013, 106.093 pessoas morreram pela condição de ser mulher, sendo que o assassinato de mulheres negras é ainda maior: de 2003 a 2013, as mortes aumentaram 54% no país.

“Até quando seremos o quinto país que mais mata mulheres no mundo? É vergonhoso que, no ano de 2018, tantas pessoas ainda sejam barbaramente assassinadas em decorrência do machismo e de uma posição de inferioridade que lhes é atribuída. Além disso, volto a dizer que os casos de feminicídio precisam ser severamente punidos, com a aplicação da Lei Maria da Penha. Muitas mulheres são mortas duas vezes porque seus assassinos não respondem à altura pelos seus atos”, avalia Ireuda.

A vereadora ainda relembra um dos tristes casos de feminicídios ocorridos na Bahia em 2017, ambos cometidos pelo parceiro da vítima: em dezembro, no município de Serrinha, interior da Bahia, Adilson Prado Lima Júnior, 25 anos, confessou à polícia ter assassinado a esposa, Daiane Reis Mota, 25 anos, após suspeitar que o bebê de nove meses que ela esperava fosse de outro homem. “Ciúmes não é argumento para cometer duplo homicídio com tais requintes de crueldade, principalmente quando uma das vítimas é uma criança que sequer teve a chance de vir ao mundo”, disse a republicana à época.

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