Rui exalta a identidade da cultura negra na saída do Ilê, no Curuzu

O menino da Liberdade mais uma vez retorna ao bairro em que se formou homem e cidadão para participar de um dos mais belos patrimônios da cultura baiana, a tradicional saída do bloco afro Ilê Aiyê. O governador Rui Costa acompanhou as bênçãos dos ialorixás da sacada do terreiro Ilê Axé Jitolú, na Ladeira do Curuzu. Em seguida, o cortejo com a Deusa do ébano, a banda Aiyê, associados e a população ganhou as ruas do bairro.

“O povo da Liberdade se manifesta nessa expressão forte da imagem do povo negro que é o Ilê, que fez e fará história ao longo dos anos, não só como um bloco de carnaval, mas representa uma entidade social e cultural, que faz um trabalho belíssimo aqui na Liberdade”, afirmou o governador.

O Governo do Estado apoia o bloco por meio do Carnaval Ouro Negro. O bloco também foi contemplado pelo projeto Concha Negra. “O Ouro Negro faz dez anos, e são dez anos de uma política pública que busca valorizar o nosso carnaval, que tem história, tem cultura, tem afirmação e a identidade e a linguagem, a estética do povo negro da Bahia”, acrescenta o governador.

O Ilê Aiyê leva para os circuitos da folia um espetáculo que homenageia o centenário do líder Nelson Mandela. O grupo é o mais antigo bloco afro do Brasil e se firmou como entidade de militância negra, de valorização da cultura e combate ao racismo.

“É muito gratificante ver as coisas acontecendo, a saída do Ilê é um grande evento, que todo ano a gente sabe que de alguma forma vai acontecer, mas com o apoio do Projeto Carnaval Ouro Negro, a gente sabe que vai ser uma festa bonita, realizada da melhor forma”, comemora o presidente do bloco Afro Ilê Aiyê, Antônio Carlos dos Santos, o ‘Vovô’. Ainda na noite deste sábado, o mais belo dos belos, como é conhecido o Ilê Aiyê, desfilará no circuito Osmar, no Campo Grande.

Carnaval da Bahia

No Carnaval 2018, o Governo do Estado homenageia os 220 anos da Revolta dos Búzios. Na capital, a diversão está assegurada com a contratação de 203 atrações, sendo 112 somente para o folião pipoca. Comemorando dez anos, o Carnaval Ouro Negro mantém a tradição dos blocos afro e afoxés, com o apoio a 91 entidades. Além da capital, a festa é patrocinada pelo Governo em 22 cidades do interior baiano.

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