No chão, Cortejo Afro leva tradição africana à Arena Daniela Mercury

O toque cerimonial percussivo e o canto aos orixás do Cortejo Afro deixaram o público extasiado na terceira noite do Festival Virada Salvador. Composto por 80 pessoas, o Cortejo percorria a Arena Daniela Mercury ao passo da plateia, que seguia cada batida com emoção. Na parte de baixo do palco, ao lado da galera, o cantor Marquinhos Marques começou o show com as músicas da banda.

“Eles não poderiam faltar, é a nossa cultura, mas não pensei que fosse assim, espetacular. Imaginei que ficariam no palco”, disse a professora Gecilda Carvalho Magalhães, 55 anos, enquanto acompanhava a passagem do Cortejo. Os olhos de Gecilda seguiam brilhantes cada integrante da banda, enquanto seu corpo acompanhava, quase involuntariamente, o Cortejo.

Nascido em 2 de julho do ano de 1998, na comunidade de Pirajá, dentro do terreiro de candomblé Ilê Axé Oyá, sob a inspiração e orientação espiritual da Yalorixá Anizia da Rocha Pitta, Mãe Santinha, matriarca da banda. A instituição foi idealizada pelo artista plástico Alberto Pitta, que já desenvolvia trabalhos ligados à estética e à cultura africana.

Banda – Vestidos com roupas exuberantes e coreografias ricas em movimentos, a banda do Cortejo Afro traz uma mistura de ritmos africanos mesclados às batidas eletrônicas e ao pop, intitulada de “revolução musical afro-baiana”. Para o produtor Jaime Oliveira, o Cortejo reúne tudo o que há de melhor dos blocos afros tradicionais da capital baiana. “Como o Ilê Aiyê, Muzenza, Olodum e Malê de Balê. Falar do Cortejo é infinito como de todas as artes”, concluiu o produtor.

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