Marta condena ameaças a professora e cobra da Câmara ações contra a intolerância

A vereadora Marta Rodrigues (PT) prestou solidariedade e apoio, nesta quarta-feira (22), à professora do Núcleo de Estudos Interdisciplinares sobre a Mulher (NEIM) que vem sendo ameaçada de morte por conta das pesquisas que desenvolve sobre divisão sexual do trabalho. “Em pleno século XXI, ainda sofremos ameaças por mostrar que as mulheres são vítimas de discriminação no trabalho, ganham menos, sofrem assédio e são vítimas do machismo”, disse.

Marta pontuou, ainda, que a Câmara não pode se eximir desse debate e deve buscar medidas, junto aos vereadores, para combater a disseminação do ódio e pregar o respeito às mulheres e à liberdade de expressão e da educação.

“Estamos vivendo um período de disseminação do ódio e precisamos lutar contra isso. Cada um de nós, aqui nesta Câmara, precisa refletir sobre isso. Somos, também, formadores de opinião e temos responsabilidade sobre o que acontece em nossa cidade. O que nós falamos aqui, nesta tribuna, pode reverberar de forma positiva ou negativa. Temos que propagar o respeito, a união e a liberdade de expressão como premissas de uma sociedade madura e evoluída”, disse.

Além da professora, uma orientanda de mestrado também foi ameaçada pelo teor dos seus estudos voltados a diversidade de gênero na UFBA. Nesta terça (21), o caso teve grande repercussão na imprensa, que divulgou também a moção de repúdio emitido pelo Conselho Universitário da UFBA.

Para a vereadora, o clima de intolerância espalhado por pequenos grupos conservadores tem deixado as pessoas apreensivas e aflitas, principalmente aquelas já vinham em constante vulnerabilidade, como mulheres, LGBTs e a população negra.

“Lutamos para combater o racismo, o machismo e a homofobia pois somos historicamente vítimas desses preconceitos. E agora, precisamos estar ainda mais alertas, porque há uma onda de ódio sendo disseminado. Mas o que nos orgulha é saber que não vamos acuar. Nós vamos resistir e vamos lutar pelos nossos direitos”, afirmou.

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