Mulher do traficante Nem da Rocinha é presa no Rio

Uma operação da Polícia Civil resultou, na tarde desta terça-feira (10), na prisão de Danúbia de Souza Rangel, mulher do traficante Antonio Francisco Bonfim Lopes, conhecido como Nem da Rocinha. Danúbia foi presa por volta das 17h, na Ilha do Governador, zona norte do Rio, em ação que envolveu agentes das 39 e 52 Delegacias de Polícia.

Danúbia é um dos principais pivôs da guerra entre traficantes que atinge a comunidade da Rocinha desde o dia 17 de setembro. Naquele dia, criminosos ligados a Nem tentaram invadir a favela, para retomar o controle, após Danúbia ter sido expulsa do local pelo ex-segurança de Nem, o traficante Rogério Avelino da Silva, o Rogério 157.

Danúbia era quem dava as ordens no tráfico, a mando de Nem, até perder o poder para Rogério 157. Por causa da guerra entre os dois grupos, o governo federal autorizou o envio de tropas das Forças Armadas para reforçar as operações das polícias Civil e Militar.

De acordo com a Secretaria de Segurança, Danúbia foi condenada a 28 anos de prisão por tráfico de drogas, associação para o tráfico e corrupção ativa. Ela foi levada para a Cidade da Polícia para o cumprimento de mandado de prisão e para ser ouvida pela Delegacia de Combate às Drogas da Polícia Civil.

O Portal dos Procurados do Disque-Denúncia divulgou o perfil de Danúbia, ligada à facção Amigo dos Amigos (ADA).

Em março deste ano, após ser absolvida em um processo por associação ao tráfico de drogas, assim como o Nem da Rocinha, Danúbia Rangel foi colocada em liberdade. Ela estava presa desde 2014.

A denúncia apontava que Nem ainda chefiava o tráfico mesmo estando preso em um presídio de segurança máxima fora do Rio, enquanto a mulher estaria recebendo informações durante a visita ao traficante e repassando para aliados na comunidade.

Seis dias após a absolvição, Danúbia foi condenada a 28 anos de prisão pelos crimes de tráfico de drogas, associação para o tráfico e corrupção ativa. Sobre o crime de corrupção ativa, Danúbia foi condenada por pagar propina a policiais para que fornecessem informações sobre a movimentação deles no interior da comunidade, o que facilitava o tráfico de drogas e evitava enfrentamentos.

“A facção criminosa destaca-se pela violência com a qual trata os próprios integrantes do grupo e a sociedade que vive na região, que permanece subjugada aos mandos e desmandos dos traficantes que patrulham a comunidade armados. Os resultados e consequências do delito são graves, eis que vários são os crimes cometidos pela organização criminosa que comanda a comunidade da Rocinha, pretendendo com a sua atuação criminosa se substituir ao Estado legalmente constituído, impondo suas regras de conduta através do medo, terror e crueldade. A Unidade de Polícia Pacificadora implantada na comunidade vem tendo dificuldades no patrulhamento devido à resistência do tráfico”, escreveu a magistrada Renata Gil na decisão.(Ag. Brasil) Foto: Arquivo/Divulgação Seap

Categorias: Noticias

Comentários estão fechados