Reconhecer e dar visibilidade ao trabalho daqueles que ocupam o papel do gestor público onde impera o vazio assistencial, agindo como interlocutores entre as demandas da comunidade e o estado. Foi à luz desta perspectiva que a deputada Fabíola Mansur mobilizou mais de 80 líderes comunitários de Salvador e Região Metropolitana para uma das mais concorridas audiências públicas já realizadas na Assembleia legislativa do Estado da Bahia (Alba).
“Neste dia a casa do povo recebe e homenageia quem faz a verdadeira democracia nas comunidades da capital e do interior. Nós deputados, que somos o grito do povo nas casas legislativas, não seríamos ninguém sem o grito da perifeiria”, declarou a parlamentar socialista, autora do Projeto de Lei 22.257/2017, que institui o dia 5 de maio como o “Dia Estadual do Líder Comunitário”.
Para Fabíola, a atuação direta destes verdadeiros agentes sociais em situações envolvendo questões relacionadas ao atendimento médico-hospitalar, às emergências provocadas por causas naturais como a seca e as enchentes e mesmo às ações voltadas para a educação e a cultura justificam que o líder comunitário tenha um dia pra chamar de seu.
“Políticos, abram os olhos. Nós estamos na rua, não é qualquer um que vai entrar na comunidade sem mostrar comprometimento”, alertou Sullivan Santos, vice-presidente do Conselho Comunitário da Cidade Baixa, que integrou a mesa ao lado de outros líderes comunitários, como Francisco na Fé (Campinas de Pirajá), Arnaldo Anselmo (Nova Constituinte) e Ivan Vicente (Subúrbio Ferroviário).
Também compuseram a mesa o deputado estadual Samuel Júnior (PSC), o vereador por Salvador Orlando Palhinha (DEM), o diretor da Federação de Associação de Bairros de Salvador (FABS) Valdemar Oliveira, a coordenadora do Centro Social urbano da Vasco da Gama, Jocileide Araújo, o presidente do Grupo Gay da Liberdade (GGL), Gilliard Silva, o chefe de gabinete da Fundação Gregório de Mattos, Edwin Neves, o advogado comunitário Vinícius Abreu, e o Soldado Sales (14º BPM).
As falas dos convidados foram intercaladas por apresentações artísticas dos grupos arco dos Tambores (percussão), Negritude em Nós (poesia), 3LDM (hip hop) e Jovens de Fogo (capoeira). A senadora Lídice da Mata e o vereador por Salvador Silvio Humberto, ambos do PSB, justificaram a ausência e tiveram suas mensagens lidas em plenário por Fabíola.
