Proposta do Parlaverde é apresentada à Mesa Diretora da ALBA

A Mesa Diretora da Assembleia conheceu ontem o projeto ParlaVerde que prevê a implementação de melhores práticas a serem adotadas para minimizar os impactos das atividades do Parlamento sobre o meio ambiente, com redução de custos. Trata-se de iniciativa que vai ao encontro do processo de modernização implantado na gestão do presidente Angelo Coronel, que quer avaliar a relação custo-benefício da proposta para levar a matéria a deliberação do colegiado. A fase inicial do projeto tem potencial para a economia de R$ 600 mil anuais.

Para ele, qualquer economia é válida, pois “é da nossa responsabilidade aplicar bem os recursos dos baianos, mas nessa equação entra também o custo de implantação e uma análise acurada subsidiará a decisão final da Mesa Diretora”, frisou. O projeto, do deputado Joseildo Ramos (PT), foi aprovado no plenário e tem sido debatido na Comissão de Meio Ambiente, Seca e Recursos Hídricos.

Na reunião de ontem, o presidente da comissão de Meio Ambiente, deputado Fábio Souto (DEM), e o autor da proposta convidaram o representante da Associação Brasileira de Engenharia Sanitária e Ambiental (Abes), Rogério Saad, para fazer uma apresentação técnica da matéria que prevê ações a serem realizadas como o reaproveitamento da água da chuva para uso em sanitários e jardins, bem como a utilização de combustível biodegradável e a instalação de painéis fotovoltáicos.

E também a criação da medalha Chico Mendes e da Semana Estadual do Meio Ambiente, quando serão realizadas palestras educativas e ações nessa linha. A previsão é que a Casa economize R$ 600 mil anualmente – num cenário de implantação estimado em dois anos. Para o deputado Fábio Souto, com o ParlaVerde a Alba será pioneira no país em implementar um projeto que colabora com o meio ambiente. “Trata-se de iniciativa pioneira, exemplo para todo o Brasil de preservação ambiental e de economia, inserido no momento econômico de crise que o país vive”.

ECONOMIA

Segundo o deputado Joseildo Ramos, no momento inicial da implementação já haverá economia. E a Assembleia ainda pode fazer parcerias com bancos, com a Coelba e a Embasa empresas possuem interesse em agregar sua imagem com ideias sustentáveis”, sugeriu. “Este é um projeto histórico para a Casa. Vamos dar uma lição de respeito ao meio ambiente”, complementou.

Na apresentação do projeto, o representante da Abes, Rogério Saad, apontou que o gasto médio mensal de água da Assembleia Legislativa é de R$ 240 mil (R$90 mil dos quais pagos pela contratada que fornece refeições) e de energia R$ 150 mil, com a implantação do ParlaVerde, os gastos podem ser reduzidos até 20% em cada setor. Rogério afirmou que para todo o projeto ser implementado vai levar dois anos. “A curto prazo, já podemos apresentar a análise do contrato da Coelba, que já reduziu algumas taxas na conta da Alba, pelo interesse da Casa no tema da sustentabilidade; a troca de equipamentos hidráulicos, para evitar vazamentos; e a troca de lâmpadas para modelos mais econômicos. Outras ações dependem da elaboração de projetos”, explicou.

Os deputados se entusiasmaram com a ideia. Fabrício Falcão (PC do B) e Alex Lima (PTN) falaram sobre a visão pedagógica do projeto. Manassés (PSL) e Sandro Régis (DEM) se mostraram preocupados com o custo do projeto para a Casa – que está orçado no total em R$ 671 mil. Para Angelo Coronel, o projeto apresenta benefícios para a Casa e que a maioria dos resultados só serão vistos a longo prazo. “Precisamos analisar a execução do projeto e o retorno de capital e ambiental. Estamos fazendo reformas inadiáveis em nossos prédios e podemos trocar lâmpadas para o modelo de LED, que tem durabilidade maior e consumo de energia 90% menor. Mas, para isso, ressaltou, preciso da planilha completa de custos e benefícios, e, a partir daí, vamos analisar com a Mesa Diretora e adotaremos as decisões adequadas com os ajustes necessários”, disse.

Também participaram da reunião os deputados Luciano Simões Filho (PMDB), Antonio Henrique Júnior (PP), Luiz Augusto (PP), Aderbal Caldas (PP), Tom Araújo (DEM) e Pablo Barrozo (DEM). Funcionários da Escola do Legislativo acompanharam as discussões.

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