Prefeitura de Camaçari decreta intervenção na Cidade do Saber

Depois de obter a autorização de depositar judicialmente os repasses que seriam destinados ao Instituto Professor Raimundo Pinheiro, que administra a Cidade do Saber, o prefeito Antonio Elinaldo assinou decreto determinando intervenção no programa. O decreto passa para um interventor nomeado pela prefeitura o gerenciamento, operacionalização e execução das ações e serviços da Cidade do Saber, antes delegados ao Instituto.

A intervenção decorre das irregularidades apontadas pelo Tribunal de Contas dos Municípios, na gestão de recursos repassados ao programa nos governos passados. O objetivo da prefeitura, agora, é “recuperar a regularidade do gerenciamento empreendido no Programa Cidade do Saber, cumprir as obrigações não adimplidas pela organização social contratada, previstos no Contrato de Gestão, imprescindíveis à continuidade, e melhora da prestação dos serviços públicos que são afetos”.

Além disso, a nova gestão da prefeitura quer apurar a responsabilidade pelas irregularidades constatas pelo TCM. Caso sejam comprovadas, a entidade que administrava a Cidade do Saber será desqualificada como organização social pelo Município. Com o decreto de Elinaldo, prepostos da Prefeitura ocuparam o imóvel onde funciona a Cidade do Saber, os bens móveis, equipamentos e utensílios necessários ao funcionamento do programa.

A equipe de intervenção foi recepcionada pela assessora jurídica Vandreia Lima, que recebeu as orientações do interventor Guilherme Neto, solicitando do instituto relatórios de pessoal, bens, financeiro e contábil da fundação. A intervenção tem um prazo de 180 dias, podendo ser prorrogada pelo mesmo período, caso seja necessário.

A intervenção ocorrida nesta sexta-feira (27) afasta de imediato a gestão da Fundação Professor Raimundo Pinheiro sobre o programa Cidade do Saber. A partir de agora, a prefeitura retoma o controle do prédio e passa a ficar responsável pela gestão do programa. Depois de levantados todos os dados, a equipe de intervenção apresentará um relatório que deve apontar se há ou não irregularidades na gestão dos repasses pelo instituto. A expectativa de Guilherme Neto é que a intervenção seja concluída dentro dos 180 dias. “Queremos resolver isso o mais rápido possível, acredito que dentro do prazo de 180 dias seja possível concluir o processo”.

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