Rodrigo Maia critica uso das Forças Armadas para conter greve dos caminhoneiros

Presidente da Câmara voltou a defender nesta sexta-feira redução de impostos para combustíveis.

O presidente da Câmara, Rodrigo Maia, criticou nesta sexta-feira (25) o uso das forças armadas na solução da crise causada pela greve dos caminhoneiros, que bloqueiam estradas em todo o País.

O presidente Michel Temer assinou decreto de Garantia da Lei e da Ordem, que autoriza o emprego das Forças Armadas em casos de perturbação da ordem pública.

Maia estava em Maceió, reunido com os presidentes de Tribunais de Justiça dos estados e a ministra Carmem Lúcia, presidente do Supremo Tribunal Federal, mas de volta a Brasília falou à imprensa e criticou a hipótese.

“Os manifestantes estão dialogando, uma parte deixou claro ontem que o acordo que estava sendo feito não ia impactar a ponta, e foi o que aconteceu. Eu acho que tem de tomar cuidado. Desobstruir as estradas é uma coisa, usar as Forças Armadas é outra. Acho que as Forças Armadas têm de ocupar outro papel nessa história, não esse papel. A Força Nacional, que é composta por policiais militares, e a Polícia Rodoviária Nacional, podem atuar em conjunto.”

Rodrigo Maia voltou a defender a redução de impostos sobre os combustíveis, e disse que os recursos têm de vir de impostos a mais que o governo já iria receber, com o aumento do preço do petróleo, além do fim das desonerações, aprovado na última semana pela Câmara e que está em análise no Senado.

“Só o excesso de arrecadação do aumento do preço do petróleo, nos royalties, na participação especial e no bônus de assinatura, o governo vai receber mais de 13 bilhões. Quer dizer, não é possível que o governo não tenha sensibilidade, que esses 13 bilhões que o governo vai receber porque o preço do petróleo aumentou não possam voltar para a sociedade com a redução do imposto. Eu continuo defendendo, com muita veemência, com muita certeza, que a gente precisa zerar o PIS/Cofins do diesel, e precisa voltar a alíquota do ano passado da gasolina e do etanol, não é justo que a sociedade pague a conta da incompetência e da irresponsabilidade do governo.”

Para o presidente da Câmara, essa política de redução do preço dos combustíveis precisa ser feita com a redução de impostos, e não com recursos da Petrobras, ou intervenção na empresa, como também foi sugerido.(Rádio Câmara)

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