” OAB-Bahia não colabora com a imagem da classe perante a sociedade, critica jurista: “confundem cliente com advogado”

Profissional destacado e integrante do “Grupo de Amigos da Advocacia”, o advogado Marcus Oliveira abordou os principais entraves no dia-a-dia dos advogados baianos, a inoperância da OAB – Bahia e a busca de soluções integrando juventude, experiência e colegas do interior do Estado.

Segundo Marcus, o Grupo se resume em “um encontro de amigos”, de forma independente, que “busca soluções para a carreira”. Na opinião do jurista, “a classe passa por um momento muito difícil com problemas de toda ordem. Existe um preconceito social, um desentendimento que vem de atual ‘judicialismo’ da mídia de hoje. As pessoas conhecem o que está tramitando na Justiça, porém sem a dimensão do que a figura do advogado realiza, assim como uma grande dificuldade de trabalho com a lentidão da Justiça”.

No entendimento do Grupo, a figura do criminalista Gamil Föppel é a que mais se destaca no Estado. “Gamil é um grande advogado, muito capaz e competente além de excelente professor, reconhecido na sua profissão. Com a sua capacidade de liderança, Gamil é a figura principal que pode nos liderar nessa luta”, apontou Marcus.

O legista insiste na imagem negativa que o cidadão comum tem da classe. “As pessoas tem uma visão um pouco distorcida da advocacia confundindo cliente com o advogado. O advogado não é criminoso porque o cliente é criminoso, assim como o advogado não é devedor porque o cliente é devedor. O advogado está para defender. O advogado é a última fronteira entre a ditadura e o cidadão. Estamos sempre como o último patamar em que o cidadão pode se proteger. O preconceito vem de filmes americanos, de novelas, que pintam a figura do advogado como alguém que faz ou mal ou é oportunista, confundindo a imagem do advogado com o cliente”, disse Marcus, reforçando a inércia da atual diretoria da Ordem dos Advogados do Estado. “A Ordem tem um papel importante para trabalhar a imagem do advogado explicando à sociedade qual o papel do advogado. A advocacia é uma necessidade social e por isso é imprescindível que a OAB trabalhe para explicar às pessoas que essa visão que se tem do advogado é equivocada”, finalizou.

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